João Cutileiro: Galeria Monumental lamenta "perda para Portugal"
A direção da Galeria Monumental lamentou hoje a morte do escultor João Cutileiro, aos 83 anos, considerando-a "uma perda para todos, para Portugal", e "uma mágoa particular" para a galeria.
© Paulo Jorge Magalhães / Global Imagens
Cultura João Cutileiro
A diretora regional de cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, disse à agência Lusa que João Cutileiro estava internado num hospital de Lisboa com graves problemas do foro respiratório.
"É uma perda para todos nós, para Portugal, e uma mágoa particular para a Galeria Monumental, que sempre o contou entre os seus amigos mais dedicados. Ainda em dezembro de 2019, já muito debilitado, fez questão de nos enviar desenhos, feitos propositadamente, para a exposição de ´Pequenos Formatos´, em que sempre participou", sublinha, em comunicado.
Na mensagem, a Galeria Monumental saúda ainda a pintora Margarida Lagarto, uma artista que também tem estado presente naquele espaço, e "companheira inquebrantável de todas as horas" de João Cutileiro.
"Vamos sentir muito a sua falta", finalizam.
João Cutileiro é autor do Monumento ao 25 de Abril, instalado no Parque Eduardo VII, em Lisboa, entre muitas outras obras.
Cutileiro viveu e trabalhou em Évora desde 1985. Frequentou os ateliês de António Pedro, Jorge Barradas e António Duarte de 1946 a 1950, tendo feito a sua primeira exposição individual ("Tentativas Plásticas") em 1951, com 14 anos, em Reguengos de Monsaraz, onde apresentou esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas.
João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada, Grau de Oficial, em agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa, este último, concedido em 2017.
Em 2018, Cutileiro recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo Governo, numa cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do espólio do escultor ao Estado português.
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