'Devido à pandemia, a nova peça de teatro da companhia Estrutura foi convertida num objeto artístico digital, onde três mulheres colocam em cena aquilo que são, sem restrições', lê-se no comunicado de imprensa da coprodução Estrutura e TMP, hoje divulgado.
A peça 'F...', que se estreia às 21:00 de quinta-feira, é a mais recente criação da Estrutura, resultando de uma reflexão conjunta entre três mulheres --- Cátia Pinheiro, Patrícia da Silva e Paula Sá Nogueira -- que, partindo dos seus próprios corpos, procuram desconstruir a relação da cultura visual com as ideias de feminino, feminilidade, ideal de beleza e "objetificação".
'F...' nasceu da vontade de questionar o lugar das mulheres na criação artística contemporânea e na História da Arte.
Pensado inicialmente para palco, ''F...' foi convertido num projeto 'online' e transformado num objeto artístico em formato de vídeo, no qual as três criadoras, trabalhando a partir do seu corpo, se propõem refletir em torno de conceitos como o lugar de fala, a invisibilidade e o silenciamento das mulheres', lê-se na página oficial do TMP.
O espetáculo, para maiores de 16 anos, fica, até sábado, dia 27 de fevereiro, no palco digital do TMP, e os bilhetes custam 3,50 euros.
Na sexta-feira, às 19:00, será transmitida na página de Facebook do TMP uma conversa com as três criadoras, moderada por Rogério Nuno Costa.
A Estrutura foi fundada em 2009 por Cátia Pinheiro e José Nunes, e tem desenvolvido vários espetáculos de teatro e atividades de formação, em diálogo com a realidade do pensamento contemporâneo, promovendo a experimentação artística e a lógica colaborativa.
No seu percurso, destacam-se criações como 'Uma Gaivota' (2016), 'Geocide' (2017), 'The End' (2017), 'M'18' (2018), 'Pathos e Party' (2019) ou 'Língua' (2020).
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