O pintor madrileno (1887-1927) foi "um artista fundamental no desenvolvimento do cubismo", mas "permaneceu na sombra de grandes figuras", como, por exemplo, Picasso", disse à agência espanhola Efe o diretor do Museu de Arte de Dallas, Agustín Arteaga, acrescentando que "a última exposição importante" de Juan Gris nos Estados Unidos "foi há quase 40 anos".
Gris, cujo verdadeiro nome era José Victoriano Carmelo Carlos González-Pérez, foi uma das principais figuras para o desenvolvimento do cubismo no início do século XX, mas, apesar do apoio que recebeu de grandes comerciantes de arte na altura, o papel dentro do movimento "foi eclipsado" por Pablo Picasso e Georges Braque, considerou o diretor.
Por isso, "Cubismo a cores: A natureza morta de Juan Gris", organizada com o apoio da Ação Cultural Espanhola e da Fundação Robert Lehman, recuperará a possibilidade de apreciar o artista 'a solo' e as "contribuições pioneiras e revolucionárias" do cubista, "focando-se no fascínio pelos temas da vida quotidiana", explicitou Arteaga, que já foi responsável por várias instituições culturais, nomeadamente, no México, Porto Rico e Argentina.
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