Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, o município informa que a verba de dois milhões de euros destinada ao setor cultural ainda não foi esgotada, sendo que até 30 de março foram pagos apoios no valor de 1,5 milhões de euros.
As candidaturas ao Programa Lisboa Protege, criado para responder à crise provocada pela pandemia de covid-19 e que inicialmente terminavam no final de março, foram prolongadas até 30 de junho de 2021.
Para fazer face à pandemia, a Câmara de Lisboa, liderada pelo socialista Fernando Medina, decidiu também reforçar a contratação da programação cultural EGEAC (empresa municipal de gestão cultural), num investimento de 5,9 milhões de euros.
Foram também anunciados apoios às salas e clubes de programação de música ao vivo, no valor de 600 mil euros.
Este valor foi, segundo a Câmara, totalmente atribuído em novembro do ano passado, abrangendo "12 espaços de música ao vivo".
A autarquia não respondeu, porém, se os apoios a estas entidades, que continuam encerradas, serão renovados.
O município apoiou também a Casa do Alentejo, no valor de 180 mil euros, assim como as livrarias independentes com a aquisição de 289 mil euros em livros em 17 livrarias independentes, em dezembro.
Foram ainda dados apoios a 31 estabelecimentos e cerca de 200 artistas das Casas de Fado, num investimento municipal de 685 mil euros, avança a autarquia.
O reforço do fundo de aquisições na área das artes visuais e do livro também já foi feito e concluído, através de apoios que totalizam mais de 660 mil euros.
No que toca ao Fundo de Emergência Social (FES) Cultura, reforçado entre abril e junho de 2020, a Câmara refere que contemplou um "apoio total superior a 1.425.000 euros", abrangendo "mais de 1.400 profissionais do setor cultural".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.918 pessoas dos 827.765 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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