O festival, que se apresenta como uma janela de divulgação do panorama internacional da curta-metragem, tem a 49.ª edição agendada de 11 a 19 de junho, com 75 filmes nas diferentes secções competitivas.
Entre os trinta filmes da seleção oficial ibero-americana estão 'Elo', de Alexandra Ramires, 'Moço', de Bernardo Lopes, e 'Noite Perpétua', de Pedro Peralta.
'Elo' é uma animação a grafite em papel e sem diálogos, com argumento de Alexandra Ramires e da escritora Regina Guimarães. É o primeiro filme em nome próprio de Alexandra Ramires, depois de ter coassinado "Água Mole", com Laura Gonçalves.
Produzido pela Bando à Parte, em coprodução com França, "Elo" já foi exibido em cerca de 30 festivais e mostras, e soma uma dezena de prémios.
'Moço', a nova curta-metragem de Bernardo Lopes, tem produção da Fado Filmes e é protagonizada por Tomás Andrade. Fará a estreia internacional em Espanha, depois de ter sido exibido no IndieLisboa e no Caminhos do Cinema Português, onde venceu o Prémio Revelação.
Pedro Peralta terá em Huesca o filme 'Noite Perpétua', que já tinha apresentado em 2020 em San Sebastián, e cuja trama se relaciona com a História recente de Espanha, do pós-guerra civil.
'Noite Perpétua' recria uma situação ocorrida em 1939, em Castuera, onde Matilde Morillo Sanchez, mulher de um republicano, foi abordada em casa por dois guardas para 'dar um passeio'. Percebendo que iria ser executada, a mulher pede para amamentar a filha recém-nascida antes de sair.
Matilde Morillo Sanchez existiu na realidade e o corpo nunca foi encontrado, sendo uma das milhares de vítimas da repressão durante a ditadura de Franco, em Espanha.
Nesta secção competitiva iberoamericana do festival de Huesca, será atribuído um prémio, de 5.000 euros, e o filme distinguido será automaticamente pré-selecionado no processo de candidatura a uma nomeação para os Óscares.