Programa dos 500 anos de Camões tem de ser criado até final de 2022
Um programa para as comemorações do quinto centenário de Luís de Camões, a decorrer entre 12 de março de 2024 e 10 de junho de 2025, vai ser criado e proposto ao Governo até ao final do próximo ano.
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Cultura Governo
Uma resolução do Conselho de Ministros, hoje publicada em Diário da República, determina os critérios para a realização das comemorações do quinto centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões (1524-1580), "expoente maior da literatura portuguesa e símbolo da vocação universalista da língua e da cultura [portuguesas]".
O objetivo destas comemorações é precisamente celebrar o contributo do poeta autor de "Os Lusíadas" para a história da literatura e da língua portuguesas: "Os 500 anos do nascimento de Camões são, assim, uma oportunidade única para pensar o legado de um poeta omnipresente, tanto na literatura como na identidade portuguesas, um dos maiores vultos da literatura universal, cujo génio é reconhecido como fundador de uma ideia de universalidade que hoje nos surge como revolucionária na escrita, na vocação e no pensamento".
Neste contexto, para organizar as comemorações, a resolução determina a criação de uma comissão de honra, de um comissariado consultivo e de uma estrutura temporária, composta por uma comissária, com a missão de definir, organizar e coordenar o programa oficial das celebrações.
A comissária designada é a catedrática Rita Marnoto, da Universidade de Coimbra, especialista em Literatura, que tem até ao final de 2022 para entregar ao Governo uma proposta de programa oficial das comemorações e a respetiva previsão de encargos.
As despesas orçamentais das comemorações, bem como o apoio administrativo e logístico à comissária, são suportadas pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
Rita Marnoto é professora catedrática da Faculdade de Letras e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, onde integra o Centro de Literatura Portuguesa.
No plano académico, tem vindo a dedicar o seu percurso à literatura italiana, à literatura portuguesa e às suas relações, tendo estudado o petrarquismo de Luís de Camões, a sua lírica e o contexto europeu de "Os Lusíadas".
Dirigiu ainda projetos de investigação sobre a obra o poeta e participou no Dicionário de Luís de Camões, coordenado por Vítor Aguiar e Silva.
Faz parte do grupo de trabalho do Centre International d'Études Portugaises de Genève que está a preparar a edição da obra de Luís de Camões, e da qual já saíram quatro volumes: "Filodemo", "Sonetos", "Canções" e "Redondilhas".
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