Lisboa acolhe retrospetiva da arquiteta polaca Jadwiga Grabowska-Hawrylak

Uma retrospetiva da obra da arquiteta polaca Jadwiga Grabowska-Hawrylak (1920-2018), com 24 dos seus projetos, vai estar em exposição no Palácio Sinel de Cordes até 18 de setembro, organizada pela Trienal de Arquitetura de Lisboa.

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Lusa
03/08/2021 11:45 ‧ 03/08/2021 por Lusa

Cultura

Trienal de Lisboa

Depois da passagem por Nova Iorque, a exposição "Patchwork: A Arquitetura de Jadwiga Grabowska-Hawrylak" destaca, na sede da Trienal, o trabalho de uma "autora incontornável na história da arquitetura da segunda metade do século XX mas pouco conhecida em Portugal", segundo a organização.

A retrospetiva "evidencia não só o extenso e precursor trabalho da arquiteta --- pela sua genialidade e afirmação enquanto mulher numa área dominada por homens, --- como abre as portas à história de Wroclaw", uma cidade que, outrora, foi a maior metrópole dos territórios orientais da Alemanha e que, em 1945, foi concedida à Polónia, com o fim da Segunda Guerra Mundial.

"Patchwork" reúne um conjunto de 24 projetos concebidos por Jadwiga Grabowska-Hawrylak entre 1954 e 1993, desde propostas mais especulativas e outras mais pragmáticas, das quais 12 obras construídas, que podem ser vistas através de desenhos, fotografias e maquetes.

A exposição inclui um modelo com quase seis metros de altura, à escala 1:10, de Manhattan, em Nova Iorque, do complexo habitacional que se tornou "o seu projeto mais emblemático, assim como o símbolo das aspirações daquela cidade polaca", assinala a Trienal, em comunicado.

Apesar das mudanças nas tendências da arquitetura, "o 'patchwork' costurado por Grabowska-Hawrylak em Wroclaw permanece, até hoje, como uma das suas facetas mais interessantes, e continua a ocupar um lugar importante no imaginário coletivo de quem habita e visita a cidade", aponta a Trienal.

A exposição em Lisboa resulta de uma coprodução com o Museu de Arquitectura de Wroclaw, o Instituto Adam Mickiewicz e o Ministério da Cultura e do Património Nacional da República da Polónia.

Para a curadoria do museu polaco, Michal Duda e Malgorzata Devosges Cuber, citados no texto, a história contada por Jadwiga Grabowska-Hawrylak é "a da mudança de identidade da cidade e da luta contra a mediocridade arquitetónica".

Sobre a mostra, sublinham, "vai provar que a linguagem da excelência arquitetónica é universal e contribuir para uma melhor compreensão da [sua] parte do mundo".

A exposição, inaugurada a 13 de julho, insere-se na programação da Trienal de Arquitetura de Lisboa na sua sede, o Palácio Sinel de Cordes.

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