O programa, que celebra os 'atos brancos' dos bailados clássicos, tinha sido adiado em dezembro de 2020, devido à pandemia covid-19, ficará em Lisboa até 03 de outubro, e volta a ser dançado no Teatro Aveirense, a 09 de outubro, e no Teatro Municipal de Ourém, a 16 de outubro.
Em palco estarão três peças que celebram o encontro entre a imaginação e a técnica: "Concerto Barocco", bailado de estética neoclássica de George Balanchine, "Shostakovitch Pas de Deux", de Yannick Boquin, estreado no Millennium Festival ao Largo, em julho, e "Snow", uma nova criação de Luís Marrafa para a CNB.
"Concerto Barocco", terá música de Bach interpretada ao vivo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direção musical de Cesário Costa, "Shostakovitch Pas de Deux", tem música de Dmitri Shostakovitch, e "Snow" tem música de Tiago Cerqueira, segundo a programação divulgada pela companhia.
Desenvolvida a partir da partitura musical de Bach, "Concerto Barocco" começou por ser um exercício para a School of American Ballet, de Nova Iorque, e foi dançado pelo American Ballet Caravan na sua lendária digressão sul americana, em 1941, e foi também uma das três peças apresentadas no espetáculo inaugural do New York City Ballet, em 1948.
A coreografia corresponde "a uma personificação da música nos corpos dos bailarinos, uma característica muito presente na obra do mestre americano George Balanchine", segundo a descrição da CNB, que revisitará esta obra 36 anos após a sua estreia pela companhia, em 1984, quando da direção artística de Armando Jorge.
Yannick Boquin, que por diversas vezes foi professor convidado da CNB, "regressa agora para coreografar uma nova obra, onde a fantasia e o engenho balético são exaltados num 'pas-de-deux' inspirado pela obra de Dmitri Shostakovich".
"Shostakovitch Pas de Deux" foi apresentado em pré-estreia em Mértola, no âmbito da iniciativa Art Non Stop, em junho, e no Millennium Festival ao Largo 2021, em julho, fazendo agora a sua estreia oficial no Teatro Camões.
O coreógrafo português Luís Marrafa, sediado em Bruxelas onde tem desenvolvido o seu trabalho, cria pela primeira vez uma coreografia para a CNB, que estreia em absoluto neste programa.
"Snow" propõe um olhar sobre o degelo provocado pelas alterações climáticas e o sobreaquecimento global e uma das suas consequências, como o desaparecimento dos bonecos de neve, que representam "uma tradição folclórica e mitológica dos povos nórdicos", focando o seu impacto social.
A CNB começa a temporada 2021/2022 sob a direção de Carlos Prado, que assumiu funções a 01 de setembro, e dará continuidade à programação que a anterior diretora, Sofia Campos, tinha planeado até ao final do ano.
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