Rogério Samora, que estava em coma desde agosto, depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória nas gravações da telenovela "Amor, Amor", em exibição na SIC, morreu hoje, segundo a SIC, no Hospital Amadora-Sintra, para onde tinha sido transportado na segunda-feira.
Numa série de publicações na conta oficial do Ministério da Cultura no Twitter, Graça Fonseca salienta que, "numa carreira que o tornou uma presença permanente junto do público português, seja no teatro, no cinema ou na televisão, o talento de Rogério Samora fê-lo destacar-se como um dos mais completos atores da sua geração".
"Na sua voz e nos seus gestos, as complexidades, os matizes e as contradições da natureza humana ganhavam uma dimensão única, que o público português e os seus pares sempre reconheceram", lê-se numa das publicações.
A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta profundamente a morte do ator Rogério Samora. pic.twitter.com/shfCE6PCNi
— Cultura PT (@cultura_pt) December 15, 2021
Rogério Samora contava mais de 40 anos de carreira, com um percurso marcado pela participação em dezenas de telenovelas e outras produções televisivas, como "Nazaré" e "Mar Salgado", da SIC, "Flor do Mar" ou "Fascínios", da TVI, depois de se ter estreado em televisão, na RTP, em 1982, em "Vila Faia".
O percurso de Rogério Samora teve, porém, início no teatro, na antiga Casa da Comédia, e apresenta alguns dos seus mais importantes papéis no cinema, em filmes de Fernando Lopes e de Manoel de Oliveira.
Nascido em Lisboa, em 28 de outubro de 1958, fez o curso de Teatro do Conservatório Nacional, e estreou-se no final da década de 1970, na peça "A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini", de René Kalisky, levada a cena na Casa da Comédia, sob a direção de Filipe La Féria. O desempenho valeu-lhe o seu primeiro prémio, em 1981, o de Ator Revelação, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.
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