Obras para Museu Nacional da Resistência e Liberdade começam em fevereiro

A empreitada no valor de cerca de três milhões de euros para instalar o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade na Fortaleza de Peniche vai começar em fevereiro, anunciou hoje a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

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Lusa
13/01/2022 23:58 ‧ 13/01/2022 por Lusa

Cultura

Peniche

 

O contrato de consignação da intervenção foi assinado a 30 de dezembro, indicou a DGPC em comunicado.

As obras, que deverão ficar concluídas no primeiro trimestre de 2023, "contemplam intervenções de reabilitação e remodelação, que são necessárias para adequar as estruturas existentes na Fortaleza" ao projeto coordenado pelo arquiteto João Barros Matos.

De acordo com a DGPC, devido às obras, o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade poderá "encerrar temporariamente ao público", durante o período em que decorrer a empreitada.

O Museu da Resistência e da Liberdade, na Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, foi criado em 2017 e veio a abrir portas a 25 de Abril de 2019, com a exposição "Por Teu Livre Pensamento", que antecipa os conteúdos do museu em construção.

A DGPC lançou o concurso, em novembro de 2020, para a escolha do diretor e, em setembro do mesmo ano, para obras orçamentadas em 2,8 milhões de euros destinadas à concretização do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, com um prazo de execução de um ano.

Acrescida de IVA, a empreitada ascende a três milhões de euros e é comparticipada com fundos comunitários em 449 mil euros.

O Museu Nacional da Resistência e da Liberdade vai ter um custo final de 4,3 milhões de euros, mais cerca de 800 mil euros do que o inicialmente previsto.

Em abril de 2017, o Governo aprovou um plano de recuperação da Fortaleza de Peniche para instalar o museu na antiga prisão da ditadura do Estado Novo, destinada a presos políticos.

Em setembro de 2016, a Fortaleza de Peniche foi integrada pelo Governo na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada, levando a Assembleia da República a defender a sua requalificação, em alternativa.

A fortaleza, classificada como Monumento Nacional desde 1938, foi uma das prisões do Estado Novo de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960, protagonizando um dos episódios mais marcantes do combate ao regime ditatorial.

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