Ondjaki e Jordi Burch com exposição de poesia e fotografia em Luanda
O escritor angolano Ondjaki e o fotógrafo catalão Jordi Burch juntaram-se para uma exposição conjunta de poesia e fotografia, que será inaugurada na próxima quinta-feira em Luanda, foi hoje anunciado.
© Lusa
Cultura Luanda
A exposição "Para pendurar a palavra Gravidade" é promovida pelo Camões - Centro Cultural Português (CCP) em Luanda, em parceria com a galeria This Is Not a White Cube, e estará patente até ao dia 26 de maio de 2022, no Camões -- CCP Luanda.
A iniciativa inscreve-se no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se celebra em 5 de maio, dia instituído em 2019, na Conferência Geral da UNESCO.
"Um estímulo visual pelas imagens de Jordi Burch que desafiam as noções de equilíbrio interno e ordem, acompanhadas ou invadidas pelo desenho das palavras de Ondjaki. Uma dança a dois, onde a presença da imagem se liga simbioticamente à poesia em língua portuguesa, celebrando assim uma língua que une mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo", descreve um comunicado de imprensa do Camões.
O português é a língua oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Ondjaki, nasceu em Luanda em 1977. É licenciado em Sociologia e doutorado em Estudos Africanos, prosador e poeta, e também escreve para cinema, sendo membro da União dos Escritores Angolanos.
Recebeu os prémios Sagrada Esperança (Angola, 2004); Conto -- APE (Portugal, 2007); FNLIJ (Brasil, 2010& 2014); JABUTI juvenil (Brasil, 2010); prémio José Saramago (Portugal, 2013) e prémio Littérature-Monde (França, 2016) com o livro "Os Transparentes". Está traduzido para francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco.
Jordi Burch nasceu em Barcelona em 1979 e passou a viver em Portugal em 1981. Estudou fotografia no Ar.Co-- Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, e em 2008 passa a viver entre São Paulo e Lisboa.
Entre as suas atividades mais recentes destacam-se as exposições "Neighbourhood" na Bienal de Arquitetura de Veneza e Centro Cultural de Belém (Lisboa), as "Durações do rasto" na Fundação Iberê Camargo, Brasil, "Furo" na Janaina Torres Galeria em São Paulo e "Como coisa real por fora, como coisa real por dentro" na galeria das Salgadeiras em Lisboa. Em 2018 publicou o livro "Como está o início depois do fim?" pela editora Tinta da China.
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