Filme de Luca Guadagnino retirado do festival de Veneza por greve nos EUA

O filme 'Challengers', do realizador italiano Luca Guadagnino, que iria abrir em agosto o festival de cinema de Veneza, em Itália, foi retirado da programação por causa da greve dos atores que decorre nos Estados Unidos, revelou a imprensa especializada.

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Lusa
21/07/2023 19:50 ‧ 21/07/2023 por Lusa

Cultura

'Challengers'

O festival tinha anunciado no início de julho que a abertura seria com 'Challengers', protagonizado por Zendaya, mas hoje revelou que o filme de Luca Guadagnino foi retirado "na sequência de uma decisão da produção".

Em declarações à publicação Indiwire, fonte oficial da plataforma e produtora Amazon Prime Video explicou que o filme foi retirado por causa da greve decretada na semana passada pelo sindicato dos atores dos Estados Unidos.

Em comunicado, o festival de Veneza revelou que a abertura da 80.ª edição será com o filme 'Comandante', de Edoardo De Angelis.

O festival decorrerá de 30 de agosto a 09 de setembro e a programação oficial será anunciada ainda este mês.

A retirada do filme de Lucca Guadagnino, uma produção norte-americana, é apenas uma das consequências da greve encetada pelo sindicato SAG-AFTRA, que representa cerca de 160.000 atores e profissionais de cinema e televisão.

Esta paralisação junta-se à greve que decorre desde maio dos argumentistas que trabalham em Hollywood.

Esta deverá ser a maior paralisação da indústria do cinema e audiovisual dos Estados Unidos dos últimos 60 anos, e deverá ter repercussões durante os próximos meses, com adiamento de produções e estreias.

Na semana passada, depois de falhadas as negociações com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), em representação dos principais estúdios de produção, como Disney, Paramount, Warner, Sony, Netflix e Amazon, o sindicato lembrou que na última década a remuneração dos atores foi "severamente desgastada pela ascensão do ecossistema de 'streaming'", e o desenvolvimento da Inteligência Artificial passou a representar "uma ameaça existencial para as profissões criativas".

O sindicato lamentou ainda que a aliança que representa os estúdios de cinema e televisão se tenha "recusado a reconhecer que as enormes mudanças na indústria e na economia tiveram um impacto negativo sobre aqueles que trabalham".

Leia Também: Filme português é semifinalista a prémio da Academia dos Óscares

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