Orquestra XXI celebra 10.º aniversário com digressão

A Orquestra XXI, composta por músicos portugueses residentes no estrangeiro, vai interpretar a Quinta Sinfonia de Gustav Mahler para marcar o seu 10.º aniversário, numa digressão nacional que arranca na quarta-feira, na Casa do Música, no Porto. 

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Lusa
23/07/2023 14:48 ‧ 23/07/2023 por Lusa

Cultura

Casa do Música

Depois do Porto, a orquestra atua em Alcobaça, na quinta-feira, no âmbito do Festival Cistermúsica, e no sábado regressa ao Festival Internacional de Música de Marvão, para um concerto nas Ruínas de Ammaia.

A digressão vai terminar no dia 30 de julho, no Centro Cultural de Belém. 

Cerca de 80 músicos vão compor a formação nestas datas, alguns dos quais são membros desde o início, adiantou à agência Lusa o maestro fundador do projeto, Dinis Sousa.

"Há cada vez músicos portugueses a viver no estrangeiro e o número de músicos aumenta de ano para ano, portanto, o projeto tem cada vez mais pessoas na sua rede e tem crescido todos os anos", disse à Lusa. 

A escolha da Quinta Sinfonia de Gustav Mahler é uma novidade no repertório do coletivo, que quis fazer algo especial e diferente para os dez anos da orquestra.

"Parece quase surreal como é que já chegámos aos dez anos", admitiu Sousa, atualmente maestro titular da orquestra Royal Northern Sinfonia, em Newcastle, no Reino Unido. 

Sem fins lucrativos, a Orquestra XXI venceu em 2013 o Prémio FAZ - Ideias de Origem Portuguesa, da Fundação Calouste Gulbenkian.

A Orquestra XXI reflete a pluralidade de experiências dos seus elementos, que habitam cidades como Londres, Paris, Berlim, Zurique, Perm, Madrid, Amesterdão.

Alguns dos seus elementos desenvolvem a sua atividade em algumas das principais orquestras mundiais, como a Sinfónica de Londres, a Nacional de França ou da Ópera de Zurique.

Dinis Sousa, formado na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, foi nomeado maestro titular da orquestra Royal Northern Sinfonia em 2021, depois de ter sido maestro assistente do Coro Monteverdi e das orquestras do regente John Eliot Gardiner.

A Royal Northern Sinfonia e a sala de espetáculos Sage Gateshead, em Newcastle, estão a ser o centro dos concertos inseridos nos BBC Proms, durante este fim de semana, numa descentralização inédita do festival britânico de música clássica, que pela primeira vez em 127 edições toma por centro outra cidade, que não a capital britânica.

Os BBC Proms são "um evento enorme e é um momento muito marcante, porque é a primeira vez que acontece algo deste género, um fim de semana inteiro dos Proms acontecer fora de Londres é um passo grande", disse o maestro titular, em entrevista à agência Lusa, na semana passada.

Desde sexta-feira e até hoje, a casa da Royal Northern Sinfonia acolhe uma série de concertos no âmbito do programa do festival centenário.

O evento deste ano é uma continuação e ampliação de uma parceria testada em 2022, quando Dinis Sousa se estreou no festival e dirigiu a Royal Northern Sinfonia, num concerto único integrado no festival. 

"É um sinal de confiança da parte dos Proms em nós pelo que podemos dar à região", vincou Sousa, esperando público não só de Newcastle, mas de todo o norte de Inglaterra e também da Escócia.

Leia Também: Orquestra Geração estreia compositores portugueses com músicos migrantes

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