A Proteção Civil justificou, esta terça-feira, ter aumentado o estado de alerta para laranja ao fim do dia de segunda-feira para colmatar o "previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada".
"No seguimento de notícias vindas a público que referem que a Proteção Civil colocou os bombeiros em alerta às 20h00, de segunda-feira, a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANEPC) esclarece o seguinte: Os bombeiros mantiveram desde o primeiro minuto do evento o seu normal funcionamento, tendo respondido, até às 20 horas, a mais de 2. 200 ocorrências", começou por assinalar, num comunicado enviado às redações.
O organismo deu ainda conta de que, "no âmbito da reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), foi emitido, às 19h30, um Comunicado Técnico Operacional de incremento do Estado de Alerta Especial para nível laranja, para aumento da capacidade de resposta operacional, face ao previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada".
Saliente-se que o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB) já tinha afirmado à Lusa que a ANEPC tinha colocado os bombeiros em alerta às 20h00 de segunda-feira, quando algumas zonas do país já tinham luz elétrica e mais de oito horas depois do apagão.
Segundo António Nunes, o alerta laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) vigora entre às 20h00 de segunda-feira e as 00h00 de hoje.
A emissão de alertas especiais ao sistema de proteção civil é da competência da ANEPC e tem como objetivo elevar o grau de prontidão e resposta operacional e dar conhecimento ao dispositivo de informações essenciais da situação de modo a permitir o desencadear de ações complementares no âmbito da proteção e socorro.
A Proteção Civil dá também conta de outras das diligências operacionais desenvolvidas ao longo do dia de segunda-feira, como as reuniões dos Centros de Coordenação Operacionais (CCO) nos níveis regional e sub-regional, reforço da articulação interinstitucional com os operadores do setor energético (rede elétrica, combustíveis e gás), telecomunicações, forças de segurança, serviços de saúde, transportes, abastecimento de água e águas residuais, além da ativação de centros de coordenação operacional.
Segundo a ANEPC, desta forma "o sistema de proteção civil" assegurou "a pronta resposta às ocorrências, ao diversos níveis organizacionais - nacional, regional, sub-regional e municipal".
No âmbito dos CCON, a ANEPC indica ainda que foi dado apoio aos hospitais, lares e unidades de cuidados continuados e outras instituições essenciais afetadas pela falha de energia, com o fornecimento de combustível e geradores, implementação de planos de contingência para garantir o funcionamento de equipamentos e sistemas prioritários, incluindo geradores de emergência, identificação, em articulação com a Segurança Social, de grupos populacionais mais vulneráveis para prioridades de intervenção e monitorização permanente da situação, com atualizações regulares através dos canais oficiais da ANEPC e proteção civil municipal, além do envio de SMS preventivo à população a partir das 17h15.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11h30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
[Notícia atualizada às 16h57]
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