Rembrandt e Paula Rego 'em diálogo' no Museu Gulbenkian

Um desenho de Rembrandt 'Figura de Velho' (1645), nunca exibido em Portugal, e o estudo 'O Tempo, Passado e Presente' (1990), de Paula Rego, vão ser expostos no Museu Gulbenkian, em Lisboa, a partir de 26 de junho.

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Lusa
19/06/2014 12:54 ‧ 19/06/2014 por Lusa

Cultura

Exposição

De acordo com um comunicado hoje divulgado pela Fundação Calouste Gulbenkian, este encontro inédito das duas obras é o primeiro momento de uma iniciativa daquela entidade para colocar em diálogo as coleções do Museu Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna.

Intitulada "Meeting Point" (Ponto de Encontro), a iniciativa começa com estes dois artistas e obras expostas ao público entre 27 de junho e 21 de setembro.

Com curadoria de Helena de Freitas, estarão expostos o desenho "Figura de Velho", criado por Rembrandt em 1645, e "O Tempo, Passado e Presente", datado de 1990, que consiste num ensaio de uma narrativa criada por Paula Rego.

"Unidas pela abordagem do tempo, as obras em exposição permitem refletir sobre o modo como, em todas as épocas, os artistas trabalham de diferentes modos os mesmos temas, intemporais, através dos quais interrogam as perplexidades perante a vida e a morte", assinala a Gulbenkian, numa nota sobre a exposição.

O desenho de Rembrandt estará na Gulbenkian por empréstimo da coleção do British Museum, em Londres, e o estudo da pintura de Paula Rego é proveniente de uma coleção particular.

Também a 26 de junho, a Gulbenkian inaugura duas outras exposições: "A impossibilidade poética de conter o infinito", do fotógrafo português radicado em Londres Edgar Martins, que ficará patente até 08 de setembro, e "O Traço e a Cor - Desenhos e Aguarelas na Coleção Calouste Gulbenkian", até 21 de setembro.

A exposição de cerca de 60 fotografias de Edgar Martins resulta de um projeto inédito realizado em várias instalações da Agência Espacial Europeia (ESA), uma das mais importantes instituições espaciais do mundo.

Pela primeira vez, a agência abriu as portas a um artista, autorizando-o a explorar os seus vários espaços e a revelá-los ao mundo.

'O Traço e a Cor - Desenhos e Aguarelas na Coleção Calouste Gulbenkian' estará na sala de exposições temporárias do Museu Gulbenkian para mostrar um núcleo de obras pela primeira vez em conjunto.

De acordo com a entidade, apesar de não se considerar um grande apreciador de desenhos, Calouste Gulbenkian adquiriu, entre 1905 e 1937, obras de artistas como Dürer, Watteau, Boucher, Fragonard, Millet e Turner, entre outros.

Alguns dos desenhos expostos foram afetados pelas cheias de 1967, que atingiram uma das salas que albergava a coleção Gulbenkian, na altura depositada no Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras.

Devido aos cuidados de conservação exigidos depois das intervenções a que foram sujeitas, estas peças têm sido apresentadas apenas em iniciativas de curta duração, mantendo-se nas reservas do museu, assinala a Gulbenkian.

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