O autor João Barrento foi distinguido com o Prémio Camões 2023, anunciou, esta terça-feira, o Ministério da Cultura. O prémio visa distinguir um "escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa".
"João Barrento foi reconhecido pelo júri como autor de uma obra relevante e singular em que avultam o ensaio e a tradução literária. Em particular, as suas traduções de literatura de língua alemã, que vão da idade média à época contemporânea, e em todos os géneros literários, formam o mais consistente corpo de traduções literárias do nosso património cultural e constituem indubitavelmente um meio de enriquecimento da língua e de difusão em português das grandes obras da literatura mundial", lê-se no comunicado, que cita o júri.
Para o ministro português da Cultura, Pedro Adão e Silva, o ensaísta, tradutor e crítico literário João Barrento, de 83 anos, é "um dos pensadores mais acutilantes da arte e da cultura em Portugal".
Também cronista e professor, João Barrento nasceu a 26 de abril de 1940 em Alter do Chão.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e publicou diversos livros de ensaio, crítica literária e crónica.
Segundo a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), o júri da 35.ª edição do prémio é composto pelos académicos Abel Barros Baptista, Isabel Cristina Mateus, Cleber Ranieri Ribas de Almeida, Deonísio da Silva, Inocência Mata e Dionísio Bahule.
O Prémio Camões foi criado por Portugal e Brasil, e visa distinguir um "escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa".
No ano passado, o vencedor foi o brasileiro Silviano Santiago, que se seguiu à moçambicana Paulina Chiziane.
O Prémio Camões tem um valor associado de 100 mil euros. Foi atribuído pela primeira vez em 1989, tendo sido Miguel Torga o primeiro laureado.
[Notícia atualizada às 19h06]
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