Com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida, a exposição 'Um diálogo no tempo' surge por este "ter encontrado nas obras de ambos um mesmo sentido da invenção plástica e metamórfica do desenho que, claramente experimentado no seu plano expressivo, acentua a possibilidade de se espraiar sobre as superfícies, fazendo vibrar a coreografia de inúmeras linhas como modo de sugerir a presença de formas que, ainda que irreconhecíveis numa modalidade figurativa, não deixam de funcionar como formas de uma figuração."
Teresa Gonçalves Lobo nasceu na Madeira, em 1968, e formou-se, já este século, no Ar.Co, tendo exposto desde 2004 e estando representada em várias coleções nacionais e internacionais. A exposição que coloca o seu trabalho em diálogo com o daquele que é "considerado por alguns o mais talentoso e original pintor português do seu tempo" fica patente no Porto até 28 de abril.
Também hoje é inaugurada a exposição 'Paisagem', que, de acordo com o Soares dos Reis, trata-se de "uma mostra composta por uma seleção de fotografias do arquivo familiar de José Zagalo Ilharco, fotógrafo amador que deixou relevante obra, por poucos conhecida, num valioso testemunho de paisagens de Portugal do final do século XIX e início do século XX".
Nascido em Lamego em 1860, Ilharco, que morreu no Porto em 1910, "dedicou-se primordialmente à fotografia de paisagem, mas também à antropologia dos espaços, de que são exemplo as imagens agora reveladas do Porto e de Matosinhos".
"As reproduções das melhores imagens que produziu foram reunidas em álbum pelo filho Norberto de Melo Zagalo Ilharco em dois volumes (1947) e, sendo propriedade dos herdeiros, são tornadas públicas num reconhecimento ao seu legado", acrescentou o museu, em comunicado.
A mostra 'Paisagem' fica em exibição no museu nacional até 31 de março.
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