'Bem Longe Daqui' é sobre "vontade de fuga e procura de novos horizontes"

Perpétua são uns dos concorrentes do Festival da Canção de 2024 e sobem ao palco já no próximo sábado, dia 24 de fevereiro.

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Daniela Carrilho
20/02/2024 09:00 ‧ 20/02/2024 por Daniela Carrilho

Cultura

Festival da Canção

A 58.ª edição do Festival da Canção começa já no próximo sábado, dia 24 de fevereiro. No total, são 20 os concorrentes a querer representar Portugal na Eurovisão, em Malmö, na Suécia.

O Notícias ao Minuto falou com os artistas em competição, entre os quais estão os Perpétua.

Diogo, Rúben, Xavier iniciaram o percurso musical numa escola de música na Gafanha da Nazaré, onde se conheceram e deram asas a uma amizade "que viria a ser a semente de onde germinaria a Perpétua". A "última pétala desta flor" surge com Beatriz, que Diogo conhecia da escola secundária.

O quarteto lançou o seu primeiro single 'Condição' em 2020 e estrearam-se nos palcos no mesmo ano. No ano seguinte, surge o álbum de estreia 'Esperar para Viver' e está previsto o lançamento do seu segundo álbum de originais ainda em 2024.

Coincidência ou não, na sequência de uma parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo, o quarteto reinventou cinco canções de Carlos Paião, vencedor do Festival da Canção de 1981, num EP e, agora, vai subir ao palco do evento.

Acima de tudo, Perpétua procura pintar novas paisagens musicais, cantando a tristeza alegremente, de forma leve e demorada, como se cuida de um jardim.

Porque é que quiseram participar no Festival da Canção?

Na verdade, não nos submetemos a concurso, mas fomos convidados. É claro que constitui um grande orgulho para todos nós fazer parte de um evento desta dimensão e prestígio.

Já eram fãs do Festival da Canção? E da Eurovisão?

De forma mais ou menos fiel sempre acompanhámos um e outro. Obviamente, desde a viragem operada pelo Salvador Sobral, ficámos mais atentos ao concurso e aos artistas envolvidos.

Qual é para vocês a melhor música de sempre do Festival da Canção?

Enquanto banda é-nos difícil identificar uma única música como favorita de sempre, mas podemos evidenciar 'Amar Pelos Dois', pelas razões já referidas, 'E Depois do Adeus', pelo seu papel na história de Portugal, ou ainda 'Playback', de Carlos Paião, nosso conterrâneo e grande influência para nós.

Que mensagem transmite a música 'Bem Longe Daqui'?

É uma música sobre transformação, aprendizagens e empoderamento. Podemos percebê-la de um ponto de vista mais literal, como expressão da vontade de fuga de um lugar e procura de novos horizontes, como de um ponto de vista mais metafórico, no sentido dos percursos percorridos, caminhos traçados e pensados. Gostamos desta ambiguidade e do facto de poder ser útil de ambas as formas a quem a ouvir.

Conseguem levantar um pouco o véu de como será a atuação?

Podemos dizer que seremos fiéis à nossa identidade enquanto banda.

Como estão a correr os ensaios? Com que frequência ensaiam?

Na medida em que não vivemos exclusivamente da música e temos outras ocupações, por vezes é difícil conciliar todos os horários, mas tentamos fazer o nosso melhor para que tudo corra bem e estamos muito expectantes e felizes por esta experiência.

De que forma olham para as restantes canções e intérpretes desta edição do Festival?

É de realçar o grande papel da RTP a trazer novos nomes da música portuguesa para junto de um público mais alargado. Isto também é trabalhar para a cultura. Há nomes menos conhecidos do público em geral, e nós somos um deles, mas isso é extremamente vantajoso para os artistas e para o público.

Quais são as vossas expetativas face à participação no Festival da Canção? O que seria um bom resultado?

Um bom resultado seria vencer, obviamente. Mas estamos a trabalhar para fazer o nosso melhor, mostrar quem somos e dar-nos a conhecer a quem esteja disposto a ouvir-nos. Para nós é já uma vitória estarmos neste ponto e vamos lutar por continuar.

Depois da participação no Festival da Canção, o que se segue?

Estamos a preparar o lançamento do nosso segundo álbum de originais, a sair ainda na primeira metade deste ano. Com esta nova fase esperamos tocar o máximo possível, divulgar a nossa música e partilhar momentos com quem quiser caminhar ao nosso lado.

Que portas é que acham que o Festival da Canção pode abrir para o futuro?

Certamente é uma plataforma para chegarmos a mais ouvidos. Sempre estivemos confiantes na nossa música e naquilo que temos para oferecer. Muitas vezes a maior dificuldade é mesmo chegar a um conjunto mais alargado de pessoas e, nesse sentido, o Festival da Canção é uma grande oportunidade e catapulta. Estaremos eternamente gratos por isso.

Leia Também: 'Teorias da Conspiração' fala de "um amor que valoriza pequenas coisas"

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