A 58.ª edição do Festival da Canção já começou e no próximo sábado, dia 2 de março, decorre a segunda semifinal. No total, são 20 os concorrentes a querer representar Portugal na Eurovisão, em Malmö, na Suécia.
O Notícias ao Minuto falou com todos os artistas em competição, entre os quais está Rita Onofre.
A artista e compositora tem 27 anos e desde cedo que está ligada ao mundo da música. Segundo conta a RTP, começou a tocar guitarra aos 10 anos por influência do pai e aos 12 escreveu as primeiras músicas.
Mais tarde, estudou Produção e Tecnologias da Música da Escola Profissional de Imagem da ETIC e Estudos Artísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Na pandemia, editou o primeiro single - 'Haja Sempre' - e desde então já subiu a vários palcos, como o Musicbox, Casa da Música, NOS Alive ou Plano B.
Porque é que quis participar no Festival da Canção?
Desde 2017 que comecei a sentir que se estava a criar um espaço bonito de mostra e partilha do que se faz na música portuguesa. Comecei a conhecer novos artistas portugueses através do Festival e também a ver outros que já acompanhava a subirem ao palco. Sentir que era este espaço de liberdade artística fez-me querer fazer também parte.
Já era fã do Festival da Canção? E da Eurovisão?
Nunca tive por hábito seguir o Festival nem a Eurovisão, apenas desde 2017. Fui-me chegando cada vez mais perto, especialmente do Festival da Canção. Ainda tenho muito que aprender deste universo.
Qual é para si a melhor música de sempre do Festival da Canção?
A melhor música de sempre não será porque não conheço todas, mas diria que a 'Saudade, Saudade' da Maro é inegavelmente uma música que contém todas as cores que ilumina qualquer hora mais complicada.
Que mensagem transmite a música 'Criatura'?
A 'Criatura' é sobre ser-se mais do que a esmagadora força da ansiedade. É sobre tomar consciência de que é só um momento, uma experiência e que vai passar, especialmente quando criamos. Quando criamos usamos tudo o que está cá dentro, não só as coisas boas. E ao criar, seja o que for, estamos a transformar o que vai cá dentro. E já não somos reféns do que sentimos. Percebemo-nos melhor e libertamo-nos.
Consegue levantar um pouco o véu de como será a atuação?
Posso dizer que estou a entregar-me a este processo e que o que vão ver é feito do coração de cada pessoa desta equipa.
Como estão a correr os ensaios? Com que frequência ensaia?
Os ensaios têm sido reveladores, um processo espetacular. Agora com mais frequência do que no início, em que estava a experimentar caminhos. Ensaio vezes suficientes.
De que forma olha para as restantes canções e intérpretes desta edição do Festival?
Tenho um orgulho enorme em fazer parte deste leque de artistas. E saber que vou cantar depois da Maria João, é uma grande responsabilidade. São músicas espetaculares, e músicos incríveis, este ano todos a cantar aquilo que escreveram. Acho isso muito poderoso, é um ano de afirmação.
Quais são as suas expetativas face à participação no Festival da Canção?
O que seria um bom resultado? Espero poder mostrar o meu trabalho a mais gente, estou já a desfrutar de conhecer e contactar com outros artistas que de outra forma não teria conhecido. Um bom resultado do Festival será chegar o mais longe possível, cruzar-me com pessoas que se ligam com o que eu faço, e fazer crescer a rede de ouvintes e artistas.
Depois da participação no Festival da Canção, o que se segue?
Seguem-se dois EPs muito distintos, explorações musicais completamente diferentes, mas estão a ser ambos muito importantes para aquilo que quero dizer, tocar e cantar neste momento.
Que portas é que acha que o Festival da Canção pode abrir para o seu futuro? A experiência em si abre ferramentas e capacidades em mim que vão ficar para sempre comigo. Pode ser que a minha música chegue mais longe, mas são relatórios que só posso fazer no fim da viagem.
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