Ovações, cânticos de "vergonha" e cartazes a pedir o "fim da ajuda a Israel" ou "uma Palestina livre" foram ouvidos e vistos à entrada do Dolby Theatre, no Passeio da Fama de Hollywood, a poucas horas do início da 96.ª edição dos prémios da Academia.
O acesso à entrada do Dolby Theatre é protegido por dezenas de polícias e seguranças, mas os manifestantes são autorizados a aproximarem-se das vedações, pelo que tanto atores como realizadores conseguem ouvir os protestos.
No Passeio da Fama de Hollywood são esperadas várias personalidades, como o realizador Christopher Nolan ou o ator Cilian Murphy, ambos nomeados pelo filme favorito da noite, "Oppenheimer", para melhor realizador e melhor ator, respetivamente, mas também outros pares como Robert De Niro, Martin Scorsese, Emma Stone ou Jodie Foster.
Vários outros manifestantes, hasteando bandeiras palestinianas, percorrem as ruas próximas do local onde decorre a cerimónia.
Em 07 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) realizaram em território israelita um ataque sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro e 31 dos quais terão morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para erradicar o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul, e que já fizeram mais de 31.000 mortos, também maioritariamente civis, de acordo com as autoridades do Hamas.
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