Arqueólogos contam com ministra da Cultura e alertam para setor em rutura

O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia reagiu positivamente ao facto de a próxima ministra da Cultura ser uma profissional da área dos museus e do património, e alertou desde logo para um setor que afirma estar "em rutura".

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Lusa
28/03/2024 22:01 ‧ 28/03/2024 por Lusa

Cultura

Arqueólogos

A historiadora de arte Dalila Rodrigues, diretora do Mosteiros dos Jerónimos e da Torre de Belém desde 2019, foi indicada para ministra da Cultura do novo Governo, cuja orgânica foi apresentada hoje ao Presidente da República pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro.

O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STArq), através do seu presidente, Régis Barbosa, realçou a falta de trabalhadores no setor, a necessidade de haver "mais contratações" e de se empreender a modernização que se impõe nas diferentes áreas da arqueologia.

Em declarações à agência Lusa, Régis Barbosa afirmou-se preocupado com "a grande falta de arqueólogos", alertando para a possibilidade de o setor "poder entrar em rutura durante a próxima legislatura".

Como exemplo, o responsável deu conta da saída de três arqueólogos do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), na semana passada.

"Há falta de trabalhadores na arqueologia e as estruturas estão mal implementadas", sustentou.

Régis Barbosa alertou ainda para a necessidade de o próximo Governo clarificar tutelas na arqueologia, entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Coesão Territorial.

A arqueologia "depende muito das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional", explicou Régis Barbosa, "e estas estão na alçada do Ministério da Coesão Territorial", que será liderado por Manuel Castro Almeida, indicado para o ministro adjunto e da Coesão Territorial.

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado na sexta-feira. O debate do programa de Governo está marcado para 11 e 12 de abril.

Leia Também: Na Cultura, Dalila Rodrigues, defensora do mecenato (e de autonomia)

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