A historiadora de arte Dalila Rodrigues, diretora do Mosteiros dos Jerónimos e da Torre de Belém desde 2019, foi indicada para ministra da Cultura do novo Governo, cuja orgânica foi apresentada hoje ao Presidente da República pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro.
O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STArq), através do seu presidente, Régis Barbosa, realçou a falta de trabalhadores no setor, a necessidade de haver "mais contratações" e de se empreender a modernização que se impõe nas diferentes áreas da arqueologia.
Em declarações à agência Lusa, Régis Barbosa afirmou-se preocupado com "a grande falta de arqueólogos", alertando para a possibilidade de o setor "poder entrar em rutura durante a próxima legislatura".
Como exemplo, o responsável deu conta da saída de três arqueólogos do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS), na semana passada.
"Há falta de trabalhadores na arqueologia e as estruturas estão mal implementadas", sustentou.
Régis Barbosa alertou ainda para a necessidade de o próximo Governo clarificar tutelas na arqueologia, entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Coesão Territorial.
A arqueologia "depende muito das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional", explicou Régis Barbosa, "e estas estão na alçada do Ministério da Coesão Territorial", que será liderado por Manuel Castro Almeida, indicado para o ministro adjunto e da Coesão Territorial.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado na sexta-feira. O debate do programa de Governo está marcado para 11 e 12 de abril.
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