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O comunicado enviado às redações evoca o percurso académico de Bartolomeu Costa Cabral desde que estudou na Escola de Belas Artes de Lisboa (onde viria a lecionar), mas também profissional, com os seus projetos públicos para instituições de ensino e habitação, nomeadamente o "emblemático Bloco das Águas Livres (1959), em Lisboa, que desenvolveu em coautoria com Nuno Teotónio Pereira".
Bartolomeu Costa Cabral teve ainda uma relevante atividade sindical, ao ter sido membro da direção do Sindicato Nacional dos Arquitetos e da direção da secção portuguesa da União Internacional de Arquitetos.
Também a Ordem dos Arquitetos já veio manifestar o seu "enorme pesar" pelo falecimento do arquiteto nascido em 08 de fevereiro de 1929 e que trabalhou com alguns dos nomes mais reconhecidos da arquitetura portuguesa, como Nuno Portas, Manuel Tainha ou Gonçalo Byrne.
Numa nota enviada à Lusa, o presidente do organismo, Avelino Oliveira, assinalou que a obra e o legado de Bartolomeu Costa Cabral "representam uma marca muito forte na arquitetura portuguesa e em gerações sucessivas de arquitetos".
Entre os principais trabalhos de Bartolomeu Costa Cabral, a Ordem lembrou ainda a Escola Primária do Castelo (Lisboa, 1960), a estação do metropolitano da Quinta das Conchas (1998-2002) e os blocos de habitação social dos Olivais (Lisboa, 1961, com Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas).
Bartolomeu Costa Cabral recebeu vários prémios ao longo da carreira, como o prémio Eugénio dos Santos, em 1997 (com Nuno Teotónio Pereira pela remodelação do Teatro Taborda, em Lisboa), o prémio de arquitetura Raul Lino, em 1978 (pela agência da CGD de Sintra), a menção honrosa do prémio Valmor, em 2009 (habitação individual na Travessa da Oliveira, em Lisboa), e foi distinguido como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2022).
JGO // JPS
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