Eurovisão proíbe bandeiras e símbolos pró-Palestina (e Israel fez alerta)

As autoridades israelitas emitiram também um alerta para os cidadãos que pretendem ir ver o espetáculo ao vivo, considerando que pode ser "um foco de protestos anti-israelitas".

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© JOHAN NILSSON/TT News Agency/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
02/05/2024 23:10 ‧ 02/05/2024 por Notícias ao Minuto

Cultura

Eurovisão

A organização do Festival Eurovisão da Canção anunciou, esta quinta-feira, que vai proibir a entrada de bandeiras da Palestina e outros símbolos pró-palestinianos na Malmö Arena, no sul da Suécia, que vai receber o evento entre 7 e 11 de maio. O anúncio surge no mesmo dia em que as autoridades israelitas emitiram um alerta para os cidadãos que pretendam ir ver o espetáculo ao vivo.

Segundo Michelle Roverelli, diretor de comunicação da União Europeia de Radiodifusão (UER), os fãs podem apenas exibir bandeiras que representem os países participantes, incluindo a de Israel, e a bandeira arco-íris LGBTQIA+. O objetivo é evitar qualquer objeto que "possa perturbar o sucesso do evento"

À agência de notícias The Associated Press (AP), a UER afirmou que se reserva no direito de "retirar quaisquer outras bandeiras ou símbolos, vestuário, artigos e cartazes que estejam a ser utilizados com o objetivo provável de instrumentalizar os programas de televisão".

Já à agência sueca TT, Martin Österdahl, supervisor executivo do concurso, disse que "estas regras são as mesmas do ano passado" e "não há qualquer alteração".

Esta quinta-feira, o Conselho de Segurança Nacional de Israel emitiu também um aviso aos cidadãos para que reconsiderassem a viagem a Malmö por se tratar de "um foco de protestos anti-israelitas".

"Estes desenvolvimentos levantam a preocupação tangível de que os terroristas explorem os protestos e a atmosfera anti-israelita para levar a cabo um ataque contra os israelitas que chegarão para a Eurovisão", afirmou.

No mês passado, as autoridades suecas anunciaram que irão reforçar a segurança na cidade de Malmö durante a realização da Eurovisão devido ao anúncio de manifestações e ações contra a participação de Israel.

"A segurança vai ser rigorosa", disse Petra Stenkula, chefe da polícia de Malmö, em conferência de imprensa. "Desta vez, haverá muita polícia em Malmö, com o seu armamento habitual, mas também com armas mais pesadas".

Também o diretor de segurança da cidade, Per-Erik Ebbestahl, garantiu que "para os vários eventos ligados à Eurovisão, as medidas de segurança serão claramente visíveis".

As manifestações surgem após apelos - de ativistas e músicos - a pedir que o país do Médio Oriente fique fora do evento, algo que a União Europeia de Radiodifusão (UER) negou. 

Israel, recorde-se, estreou-se no festival europeu em 1973, uma vez que, segundo as normas do concurso, todos os membros ativos da União Europeia da Radiodifusão - ou seja, que façam parte da Área Europeia de Radiodifusão e que pertençam ao Conselho da Europa - podem participar.

A israelita Eden Golan sobe ao palco na segunda semifinal da 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, marcada para o dia 9 de maio, com o tema 'Hurricane'.

Leia Também: Medalha da Eurovisão de 1967 vendida em leilão por 4 mil libras

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