O recinto, no Passeio Martímo de Algés, abriu às 15h00, mas a maioria começou a chegar pelas 18h00, hora em que o calor ainda apertava.
Logo à entrada, uma banda dá música a quem chega, a partir do palco pórtico.
Dentro do recinto há mais seis palcos, sendo um destes dedicado apenas à atuação de humoristas. Ao final da tarde, já com todos os palcos a funcionar, o público ia-se dividindo pelos vários concertos, mas também pelas sombras e os 'stands' de várias marcas, onde há brindes para todos os gostos.
A Lusa encontrou duas jovens escocesas, Mellie e Ella, a aproveitarem uma sombra, sentadas num banco de jardim a beberem 'piñas coladas' dentro de ananases, uma das opções de bebidas disponíveis no recinto.
As duas amigas partilharam que estão de férias em Lisboa e quando perceberam que havia o festival decidiram comprar bilhete "imediatamente". O facto de hoje ser o dia de anos de Ella e de os Arcade Fire e os Nothing But Thieves fazerem parte do cartaz ajudaram.
Mellie e Ella tentaram apanhar um TVDE para chegarem ao recinto, mas acabaram por fazer o percurso quase todo do centro de Lisboa a Algés a pé. "Foi bastante fácil. Seguimos o mar de pessoas com roupas de festival e chegámos", contaram.
Do festival, além do cartaz, destacam o facto de haver "muito para fazer enquanto se espera pelos concertos". "E há tanto para beber, adoramos", disseram.
Numa volta pelo recinto, a Lusa encontrou outro aniversariante. Simão faz hoje 12 anos e essa foi a razão principal para os pais, Cíntia e Porfírio, decidirem rumar com ele e o irmão, Renato, de oito anos, da Covilhã a Algés. O facto de os The Smashing Pumpkins atuarem hoje no festival ajudou à escolha do dia.
Os quatro vestidos a rigor, com t-shirts iguais da banda liderada por Billy Corgan, estão pela primeira vez no Alive.
Os The Smashing Pumpkins não são a banda preferida dos irmãos, mas uma das que gostam de ouvir, muito por influência dos pais, que hoje estão também expectantes com os concertos dos Arcade Fire e dos Black Pumas.
A família está no Alive pela primeira vez e quando a Lusa os encontrou tinham chegado há pouco ao recinto, mas deu para os irmãos destacarem "a decoração" e "as recompensas muito boas" como coisas preferidas no recinto.
Esta família optou por deslocar-se para o festival de transportes públicos -- comboio - e "foi fácil".
De bem mais perto, do bairro do Restelo, em Lisboa, vieram Francisco e Matilde, que fizeram parte do caminho em viatura própria e o resto a pé.
Os jovens namorados optaram pelo dia de hoje por causa dos Parcels. Arcade Fire, The Smashing Pumpkins e Benjamin Clementine também são nomes do cartaz que lhes agradam, mas foram os Parcels que levaram Matilde a oferecer o bilhete a Francisco como prenda de anos.
Rita e António estão no festival com um grupo de cerca de 20 amigos, de Lisboa e cidades vizinhas, como Cascais, que costumam comprar os passes de três dias para o festival, mal são colocados à venda.
"É garantia de qualidade, compramos o bilhete sem saber o cartaz, que vai ser bom", disse António.
O objetivo de marcarem anualmente presença no festival "é o convívio", a que juntam "boa música".
The Smashing Pumpkins, Arcade Fire, Pearl Jam são os nomes que destacam do palco principal, mas também lhes interessam outros, dos restantes palcos.
Embora a pop não seja o estilo de música que António mais gosta de ouvir, está curioso para o concerto de Dua Lipa, na sexta-feira. "No ano passado vi Sam Smith, pensei que iria ser uma seca de todo o tamanho e foi o melhor concerto de todos", partilhou António.
Para estes dois amigos os três dias de NOS Alive funcionam como "terapia".
"Ouvimos música e divertimo-nos imenso", disseram.
O festival decorre até sábado.
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