Teatro São Carlos cria "comissão artística" até escolha de novo diretor

A administração do Organismo de Produção Artística decidiu criar uma comissão para o Teatro Nacional de São Carlos, composta pelos maestros titulares e pelo diretor de Estudos Musicais, para assumir funções de direção artística, até escolha de novo responsável.

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Lusa
12/07/2024 12:40 ‧ 12/07/2024 por Lusa

Cultura

Teatro São Carlos

Esta "comissão artística", coordenada pelo maestro e pianista João Paulo Santos, diretor de Estudos Musicais do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, compreende ainda os maestros da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Antonio Pirolli, e do Coro do São Carlos, Giampaolo Vessella, como indica o comunicado do Organismo de Produção Artística (Opart), enviado hoje à agência Lusa.

 

A decisão do Opart - organismo que gere o TNSC, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Companhia Nacional de Bailado e os Estúdios Vítor Cordon - surge na sequência da saída do diretor artístico Ivan van Kalmthout, que cessou funções no passado dia 04 de julho, "por acordo" com a administração, um ano depois de ter assumido o cargo.

"Esta solução, aceite pela ministra da Cultura", como se lê no comunicado sobre a comissão, "vigorará até à conclusão do novo processo de concurso internacional para escolha da direção artística" do São Carlos, "que deverá ocorrer no prazo máximo de 12 meses, conforme previsto nos estatutos" do Opart.

A abertura do concurso internacional para novo diretor artístico está prevista para o mês de outubro, disse fonte do TNSC à Lusa, confirmando o prazo adiantado pelo jornal Público. O neerlandês Ivan van Kalmthout, que assumira funções em 01 de julho do ano passado, foi o primeiro escolhido por concurso público internacional para o cargo.

A programação da próxima temporada do TNSC, "nomeadamente do período de setembro a dezembro" deste ano, "será anunciada brevemente", adianta hoje o Opart. Esta programação já ficará nas mãos da comissão artística agora formada, devendo o período seguinte da temporada, para 2025, ser anunciado no próximo quadrimestre.

Esta programação deverá ser cumprida em digressão pelo país, em coordenação com parceiros locais, e com outros palcos de Lisboa, como o Teatro Camões, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Tivoli, enquanto decorrerem as obras no edifício do TNSC, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), como anunciado em fevereiro passado, quando da apresentação do projeto de obras.

O teatro encerrará no final deste mês, quando terminar o Festival ao Largo, que teve início na quinta-feira, estando a reabertura agendada para 2026.

Até essa data, a equipa do São Carlos, num total de 250 pessoas, instalar-se-á no edifício do Tribunal da Boa-Hora, com acervos temporariamente depositados, conforme a sua natureza, em instalações da Academia das Ciências de Lisboa, do Museu Nacional da Música e do Museu Nacional de Arte Contemporânea.

O projeto de conservação, restauro, reabilitação e modernização do TNSC conta com um orçamento global de 27,927 milhões de euros, no âmbito do PRR.

Leia Também: Teatro Variedades em Lisboa inaugurado este ano a 5 de outubro

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