Exposição faz retrospetiva da cerâmica de José Aurélio em Alcobaça

Uma exposição sobre o percurso artístico do escultor José Aurélio pela cerâmica é inaugurada no dia 20 no Armazém das Artes de Alcobaça, no distrito de Leiria, onde fica patente ao público até 02 de março de 2025.

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Lusa
15/08/2024 10:36 ‧ 15/08/2024 por Lusa

Cultura

Alcobaça

"Já tinha há alguns anos a ideia desta exposição, porque havia uma lacuna do contributo de José Aurélio para a cerâmica de Alcobaça e o percurso de José Aurélio pela cerâmica era pouco conhecido porque nunca se fez uma exposição sobre ele", disse à agência Lusa o museólogo da Câmara Municipal de Alcobaça, Alberto Guerreiro, que é o curador da mostra.

 

A exposição "José Aurélio - Uma retrospetiva de Cerâmica", com cerca de meia centena de peças, resultou de um trabalho de recolha do espólio do escultor, tendo algumas delas sido cedidas sobretudo pelo Museu José Malhoa e pelo Centro de Artes das Caldas da Rainha.

Entre as peças encontram-se um anjo, um touro e um corpo de uma figura mitológica, representativas da cerâmica figurativa, e um painel feito para o Hotel Vasco da Gama, em Monte Gordo.

O curador explicou que a exposição se divide em três áreas, a primeira das quais dedicada aos anos de 1958 a 1966, em que José Aurélio "se dedicou quase em exclusivo à cerâmica".

Em 1958, José Aurélio entrou para a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e expõe na galeria do Diário de Notícias, ocasião em que é convidado a colaborar com a fábrica de cerâmica Secla, de Caldas da Rainha.

"Este é um José Aurélio do início [do percurso artístico], mas cujos valores artísticos são os mesmos que desenvolve mais tarde", adiantou.

Em 1966, veio a interromper esse percurso, ao abandonar a produção de peças em cerâmica, por perder 60% das peças no forno, e a produzir peças a partir de outros materiais, como o ferro, ou a alternar a cerâmica com outros materiais.

A exposição mostra ainda peças em cerâmica que, após 1966, veio a produzir "esporadicamente" por encomenda ou a pedido de amigos.

Uma terceira área da exposição tem patentes trabalhos em que conjugou a cerâmica com outros materiais.

Também no Armazém das Artes, fundação cultural fundada pelo escultor, José Aurélio junta-se a ana+betância, Conceição Cabral, Liliana Sousa, Paulo Óscar, Sofia Areal, Thierry Ferreira, Virgínia Fróis e Wilson Esperança na exposição "45/24 --- Pratos da Guerra, Pratos de Paz", aberta ao público dentro da mesma data.

A mostra faz dialogar 35 pratos, produzidos entre 1939 e 1945, que relatam sobretudo os avanços dos Aliados durante a II Guerra Mundial, numa reflexão coletiva sobre a guerra e a paz.

Inspirado pela iniciativa da Olaria de Alcobaça nos anos 40 do século XX e pela admiração que José Aurélio nutre por esse movimento e respetivo resultado, o Armazém das Artes decidiu refazer a exposição "Pratos da Guerra - Pratos de Paz".

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