A União Democrática Federal Suíça (EDU), um pequeno partido conservador suíço, vai avançar com um referendo para impedir que a próxima edição do Festival Eurovisão da Canção se realize em Basileia, entre 13 e 17 de maio. Em causa está um empréstimo de cerca 35 milhões de francos suíços (cerca de 37 milhões de euros) do parlamento cantonal para Basileia.
Segundo o jornal Politico, que cita Daniel Frischknecht, líder do EDU, o período de recolha de assinaturas para o referendo começou no sábado, com a publicação no jornal cantonal de Basileia.
O partido descreveu o concurso de música como um evento "repleto de antissemitismo, blasfémia e satanismo". "Para uma festa tão ‘woke’, nós - os suíços - temos de pagar uma fatura pesada", questionou o EDU.
Frischknecht está confiante de que, "com a ajuda de muitos moradores de Basileia", será capaz de realizar um referendo contra o empréstimo de 34,9 milhões de francos suíços, aprovado na semana passada pelo parlamento cantonal de Basileia com 87 votos a favor, quatro contra e quatro abstenções.
Der Grosse Rat von Basel-Stadt hat den 35-Millionen-Franken Kredit für den Eurovision Song Contest 2025 genehmigt. Die EDU ist bereit für das Referendum und zuversichtlich, dass die nötigen 2'000 Unterschriften innert 42 Tagen gesammelt werden können.
— EDU Schweiz (@EDUSchweiz) September 12, 2024
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O empréstimo foi aprovado após Basileia ter pedido o financiamento de despesas de vários setores, como infraestruturas, segurança, transportes, alojamento e eventos.
Para que o referendo se realize, devem ser recolhidas e apresentadas, até 26 de outubro, pelo menos duas mil assinaturas certificadas.
Sublinhe-se que a Suíça ganhou o direito de organizar a 69.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, após a vitória de Nemo com ‘The Code’, em maio, na Suécia. As semifinais do evento estão marcadas para os dias 13 e 15 de maio, ao passo que a grande final se realizará a 17 de maio, na arena St. Jakobshalle, em Basileia.
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