O evento, que decorre "num ano particularmente importante, o ano em que se comemora os 50 anos do 25 de Abril", arranca no dia 4 de outubro, com a peça intitulada "Inês é morta", pelas Marionetas Rui Sousa, e acontece pelas 18 horas, na Estação de Metro Fórum Maia. Trata-se de uma comédia para maiores de seis anos, com fantoches tradicionais portugueses, onde o herói Pedro sabe da morte da sua amada Inês.
No mesmo dia 4, na Praça Doutor José Vieira de Carvalho, a Comapnhya La Tal da Catalunha (Espanha), apresenta o espetáculo 'The Incredible Box', e o Grande Auditório do Fórum da Maia recebe a peça 'Deadpan Karaoke', pela companhia galega Ibuprofeno Teatro, com a participação ativa do público, propondo "o absurdo, a estupidez, a surpresa, a comédia, a música e o cinema como ingredientes principais".
No dia 5 de outubro, as peças que vão ser apresentadas são 'Espanto', de Ana Madureira e Vahan Kerovpyan (Portugal/França), "irmãos Fumiére", da Seistopeia (Portugal), 'Mr. Bo', de Marie de Jongh (País Basco - Espanha), e 'Cocktail da Evolução', da AT -- Janela Aberta Teatro (Portugal).
O certame continua com várias outras peças entre as quais se destacam, por exemplo, 'Pata, Peta, Pita, Pota, Maria!', das Contilheiras (Portugal), e 'O Herói Intrépido', da companhia Argilaverde (Portugal / Espanha), no dia 6 de outubro, "Júlio César", da companhia do Chapitô (Portugal), e 'Mr X', de Loco Brusca (Argentina) , uma peça que reúne as técnicas de teatro gestual, 'clown', butoh e bufón., e onde se vai abordar o tema do "estilo de vida do capitalismo cruel", que leva as pessoas a situações de trabalho extremas.
As peças '400.001 Milhões de Estrelas', da companhia Luciérnagas Teatro (Castela e Leão - Espanha), 'O Camponês', do Teatro Assombrado (Portugal) e a 'A descoberta das Américas', de Julio Adrião Produções (Brasil), fecham no dia 13 de outubro a 29.ª edição do festival.
O Festival Internacional do Teatro Cómico da Maia mobiliza 160 artistas, técnicos e outros profissionais do teatro, circo, música e todas as artes em geral, contando com a participação de 23 companhias de teatro, nacionais e estrangeiras, segundo o dossiê de imprensa enviado hoje à agência Lusa.
De Portugal vão atuar 12 companhias, mas há também companhias de diversas regiões de Espanha (Catalunha, País Basco, Galiza, Madrid e Castela e Leão), bem como da Argentina e do Brasil.
"As peças a que irão assistir, refletem em palco as dores e as alegrias do mundo em que vivemos, num momento em que guerras atrozes afligem a humanidade e mais guerras se seguirão (...). Falarão do amor e desamor, da vida do dia-a-dia e dos sonhos, da alegria que querem para bem vivermos, sempre com humor e em tons diferentes", explica o diretor artístico do festival, José Leitão.
Segundo o responsável, este ano uma boa parte dos espetáculos do certame, cujo mote é "Talvez gargalhar para quem nos quer calar", não têm palavras.
"Os restantes são servidos por grandes mestres da literatura mundial e, nesta edição, até o vate Shakespeare virá à baila, lembraremos Brecht e o nosso Stau Monteiro (...), do italiano Dario Fo, Nobel da Literatura, passando pelo humor negro e corrosivo de Nelson Rodrigues, um dos maiores dramaturgos brasileiros".
Os ingressos por espetáculo são cinco euros e o passe para o festival com acesso a todos os espetáculos custa 50 euros; e há também um passe fidelidade que dá acesso a três eventos por 12 euros.
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