O espetáculo Cat Power Sings Dylan '66 pode ser visto no próximo verão, mais precisamente no dia 29 de junho, no Festival Jardins do Marquês, no Oeiras Valley.
A artista portuguesa Gisela João, que tem o lançamento de um novo álbum marcado para o mês de janeiro, assume a primeira parte da noite que promete ser, segundo um comunicado da organização, cheia de "emoção, poesia, liberdade"
Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais e custam entre 25 e 60 euros.
Recorde-se que, em novembro de 2022, Cat Power subiu ao palco do icónico Royal Albert Hall, em Londres, para reinterpretar, canção por canção, um dos concertos mais transformadores da história da música: o 'Concerto do Royal Albert Hall', de Bob Dylan, que marcou a controversa transição do acústico para o elétrico, provocando a ira de puristas do folk e mudando para sempre os rumos do rock.
Na recriação, Cat Power imprimiu às canções uma mistura de intensidade e delicadeza, substituindo uma certa tensão anárquica do show original por uma alegria calorosa e luminosa.
O concerto foi transformado no álbum ao vivo 'Cat Power Sings Dylan: The 1966 Royal Albert Hall Concert'. Neste registo, a artista norte-americana presta homenagem ao legado de Dylan enquanto revitaliza algumas das suas canções mais emblemáticas.
O espetáculo seguiu o formato original: a primeira metade foi acústica e a segunda elétrica, com o apoio de uma banda à altura do desafio.
A cantora, que desde pequena tem uma ligação profunda às músicas de Dylan, optou por não ensaiar as partes vocais, confiando que a essência da música está no momento.
Entre os destaques estão versões profundamente emocionais de clássicos como 'She Belongs To Me', 'Just Like a Woman' e 'Mr. Tambourine Man'. Na parte elétrica, a intensidade cresceu até atingir o seu ápice com 'Ballad of a Thin Man', em que Marshall transformou o tom sarcástico de Dylan em algo mais emocional, mas igualmente poderoso.
No final, com 'Like a Rolling Stone', a artista trouxe compaixão e energia para encerrar o espetáculo em grande estilo. Cat Power mostrou o poder da interpretação ao oferecer novas dimensões às canções de Dylan, numa performance que foi, segundo a organização do festival de Oeiras, "ao mesmo tempo, uma homenagem e um ato de devoção a um artista que moldou gerações".
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