Em parceria com o Centro Dramático Galego, estreia-se em 27 de fevereiro, no Cine-Teatro de Castelo Branco, a peça "Rosalía, cartografia de ásperas ortigas", encenada por Roberto Salgueiro sobre a vida da poetisa galega, um "ícone pop feminista", acentuou o programador da ASTA, Rui Pires.
O espetáculo é depois apresentado na Covilhã, Gouveia e Santiago de Compostela.
No ano em que passam 140 anos do nascimento de Aquilino Ribeiro, sobe ao palco "Terra, gente e bichos", dirigido pelo francês Patrick Maurice e a estrear-se dia 21 de junho, na Moagem, no Fundão.
"A realidade espelhada no livro é uma realidade que nos é próxima. Reflete bem a realidade das nossas aldeias", salientou Rui Pires.
O espetáculo "Outra vez matemática!", encenado por Sérgio Novo, sobre as dificuldades no ensino e aprendizagem da disciplina, é apresentado em 23 de setembro, no Teixoso, Covilhã.
Em cocriação com o Grupo de Teatro Universitário da Beira Interior (TeatrUBI) está a ser preparado "Ficções do interlúdio", a partir do "Livro do desassossego", de Fernando Pessoa, para estrear em 12 de março no Teatro Municipal da Guarda.
A ASTA -- que assinala 25 anos - continua a promover quatro festivais anuais e a principal novidade é a extensão do Festival de Artes de Rua Portas do Sol a três freguesias do concelho de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, entre 15 e 17 de julho, enquanto na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, as atividades decorrem entre 03 e 05.
O Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior realiza-se entre 12 e 22 de março, a Mostra de Teatro Escolar EnsiARTE entre 02 e 07 de junho e a 16.ª edição do ContraDança -- Festival de Dança e Movimento Contemporâneo decorre de 05 de setembro a 09 de outubro e volta a incluir Castelo Branco no roteiro, além da Covilhã, Guarda e Gouveia.
O programador da companhia covilhanense, Rui Pires, destacou hoje, durante a apresentação da programação para 2025, a preocupação em "alargar o âmbito de ação da ASTA e em democratizar as artes", apresentando espetáculos diversificados e, além do teatro não tradicional, "trazer culturalmente outras coisas" à região.
"O teatro não tem de estar refém do texto. Não nos limitamos ao texto escrito", vincou Rui Pires, que destacou a ênfase dada em palco ao som, à imagem e ao movimento.
Rui Pires destacou a "presença muito significativa além-fronteiras" da ASTA, que este ano mostra pela primeira vez o seu trabalho em Cabo Vede, Egito e Polónia, com deslocações previstas também à Colômbia, Espanha e Itália.
Para este ano estão previstas várias formações, dar continuidade aos projetos de investigação Green E.Th.I.Cs e Theatre in Mathematics, as Jornadas de Literatura e Artes e quatro debates relacionados com cultura, em parceria com a Universidade da Beira Interior.
Segundo Carmo Teixeira, uma das diretoras da ASTA, o orçamento para 2025 é de cerca de 550 mil euros, financiados pela Direção-Geral das Artes, municípios e outros parceiros.
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