Portugal participa em projeto europeu para cooperação nas artes visuais

Portugal é parceiro de um projeto europeu de cooperação entre artistas visuais criado para construir uma "rede sustentável e inclusiva", até 2028, que contrarie o aumento da precariedade do pós-pandemia, segundo a Comissão Europeia.

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Lusa
07/02/2025 18:33 ‧ há 2 horas por Lusa

Cultura

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Intitulado "Visões Partilhadas: Construir uma Cooperativa Sustentável e Inclusiva para Artistas Visuais na Europa", o projeto reúne, além de Portugal, entidades de países como Montenegro, Itália, Moldávia, Sérvia e Ucrânia, e tem por objetivo dar origem a "instituições comerciais líderes na Europa, geridas e detidas por artistas", que sejam "fator de mudança no mundo da arte", segundo a página 'online' da Comissão Europeia.

 

"Na última década, muitos artistas, sobretudo os que trabalham nas artes visuais e são oriundos da Europa de Leste, caíram ainda mais na precariedade e na pobreza, especialmente após a covid-19", alerta um texto sobre o programa.

Inserido no programa Europa Criativa, este projeto, com um total de oito países parceiros lançado no final de 2024, conta com a cooperativa cultural Kickvoidloop, com sede no Porto, na representação portuguesa.

A Kickvoidloop dedica-se a projetos de design criados por um grupo de especialistas, entre ilustradores, fotógrafos, produtores culturais, programadores digitais e designers.

O principal objetivo do projeto "Visões Partilhadas" é, segundo a descrição oficial, "estudar e contribuir para atenuar o desequilíbrio entre os mercados de arte desenvolvidos da Europa Ocidental e os subdesenvolvidos da Europa Oriental".

Nesse sentido, os participantes irão conceber uma série de "práticas inovadoras" de organização e distribuição "que permitirão a inclusão de novos públicos no visionamento e consumo de artes visuais".

Essas novas formas de auto-organização dos criadores e das economias locais poderão "garantir um nível mínimo de rendimento para os artistas", espera a Comissão Europeia.

Nas entidades participantes dos vários países, além de designers e produtores de arte, também irão trabalhar especialistas em direito, gestão, economia, educação e estudos sociais, com o objetivo de "desenvolver uma cooperativa internacional de artistas como modelo de vanguarda", cuja eficácia permita "estimular o crescimento em mercados subdesenvolvidos".

Num primeira fase, os grupos vão recolher dados sobre as condições e o desempenho do mercado da arte, analisar exemplos de "práticas inovadoras de modelos económicos alternativos que garantam condições de trabalho e segurança social boas e justas, diversidade e liberdade de expressão", indica o projeto.

A ambição é "construir instituições comerciais líderes na Europa, geridas e detidas por artistas, que serão um fator de mudança no mundo da arte, especialmente na Europa Oriental, tanto nas suas atividades comerciais como na sua gestão e distribuição internas".

O programa Europa Criativa é cofinanciado pela União Europeia e reúne ações de apoio exclusivo aos setores culturais e criativos nas vertentes de cultura, media e transectorial.

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