Este ano, o Visions du Réel presta homenagem à realizadora Cláudia Varejão, na secção 'Atelier', estando prevista uma 'masterclasse' e uma retrospetiva, com quatro longas-metragens e sete curtas, filmes "profundamente contemporâneos" e que partilham de uma "forte perspetiva feminista".
Realizadora, argumentista e artista visual "profundamente em sintonia com o mundo sensível", como descreve o festival, Cláudia Varejão é autora de documentário e ficção, através do qual aborda questões sobre emancipação, relações pessoais e a vida quotidiana.
No seu cinema já deu voz à juventude 'queer' açoriana (em 'Lobo e Cão'), retratou mulheres refugiadas em Portugal ('Kora'), filmou japonesas pescadoras que mergulham em apneia nas águas do Pacífico ('Aman-san') ou ainda os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado ('No escuro do cinema descalço os sapatos').
"Os seus filmes têm sido selecionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Locarno, Roterdão, Visions du Réel, Cinema du Réel, Karlovy Vary, Art of the real - Lincoln Center, Bienal de Veneza, entre muitos outros", refere a produtora Terratreme Filmes, que está a produzir o seu mais recente projeto, intitulado 'Entre as 9 e as 6'.
A 56.ª edição do Visions du Réel, cuja programação não foi ainda totalmente anunciada, está marcada de 4 a 13 de abril.
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