Promovido pela LAMA Teatro, o festival cumpre este ano a quinta edição e tem como "principal foco" a cidade de Faro, levando às suas várias salas de espetáculos e locais públicos emblemáticos espetáculos de teatro, novo circo, música, dança, assim como "atividades paralelas", para públicos a partir dos três anos, disse João de Brito, ator, encenador e diretor artístico da companhia teatral.
"Temos sempre conversas, temos sempre oficinas, coisas que levamos às escolas, para gerar esse debate fora também do contexto dos teatros", afirmou João de Brito à agência Lusa, sublinhando que o festival vai oferecer "muitas atividades ao longo de 10 dias" pensadas para "todas as idades" e "toda a família".
Quanto ao programa, João de Brito reconheceu que "é sempre difícil" realçar uns artistas e não outros, mas esclareceu que o Mochila procura dar destaque à música portuguesa e "ter sempre um nome relevante da música nacional", que este ano será Luísa Sobral.
"Luísa Sobral é um dos destaques, inevitavelmente, irá tocar no Jardim da Alameda, num espetáculo ao ar livre, para toda a família e com entrada livre", afirmou, recordando que o festival começa no mesmo espaço, em 01 de maio, dia do Trabalhador, com um lanche para pais e filhos, com animação a cargo do rapper, músico e ator Sir Scratch.
O diretor da companhia LAMA Teatro adiantou que o Mochila vai também contar com espetáculos internacionais, um deles da companhia brasileira Varanda Teatro, no Largo do Carmo.
"O Roque Nunca vai Acabar", pela Companhia Mascarenhas Martins, e o espetáculo "Água", pela companhia Estúdio 13, numa criação e interpretação de Maria João Gouveia, também estão no programa, indicou a organização.
O projeto "Pic-Nic de Histórias", da LAMA Teatro, coloca quatro intérpretes a partilhar histórias, numa proposta que, "em vez de comida, conta com livros", a companhia Clown Enano, de Portugal e Espanha, apresenta a peça de teatro "Um milhão + 1" e o espetáculo de novo circo "Libertenano", e a companhia brasileira Varanda Teatro leva "Histórias Encaixotadas" ao Largo do Carmo, acrescentou.
O já "clássico" Baile Pais e Filhos promete colocar "miúdos e graúdos a dançar" e está prevista uma conversa sobre "Artistas da Cidade: de Faro para o Mundo", com moderação de João de Brito e a participação de Afonso Jerónimo, Filipa Rodriguez, Gabriel Antunes, Henrique Prudêncio, Jeannine Trevidic, Miguel Neto e Tiago Cadete, assinalou.
A companhia Projecto EZ, com um espetáculo de música, a instalação e experiência sensorial "La Gran Tempesta", da companhia espanhola Efimer, da Catalunha, ou "L'Après-midi dún fohen", da companhia francesa Non Nova -- Phia Ménard, são outras das propostas do festival, referiu.
João de Brito adiantou que "Phia Ménard vem de França e estará no Teatro das Figuras", enquanto a companhia catalã criará "uma experiência imersiva no Largo do Carmo, onde as famílias serão convidadas a entrar numa bolha gigante de tempestade, com confetes, com vento, com música".
Depois de ter recebido a visita de quatro e cinco mil pessoas na última edição, o Mochila gostaria de "dobrar" o seu público, numa edição de 2025 que "só não tem espetáculos para bebés" e dispõe de uma oferta para todos os públicos "a partir dos 3 anos".
A LAMA Teatro tem financiamento da Direção-Geral das Artes para o período 2025/2026 e conta, para a organização do festival, com o apoio do município de Faro, da empresa de gestão de água e resíduos Fagar e do programa Ibercena, que promove o intercâmbio, a criação e a profissionalização das artes cénicas ibero-americanas, disse ainda João de Brito.
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