"António Aragão é reconhecido [na Madeira], a pessoa e a obra, e face ao conhecimento de que obras da sua autoria estão para ser vendidas, a Câmara Municipal do Funchal não podia ficar indiferente", salientou Paulo Cafôfo.
A proposta de aquisição de parte do espólio do artista partiu do CDS-PP na autarquia.
O espólio de António Aragão (pintor, escultor, escritor, historiador e investigador madeirense) foi posto à venda em leilão, depois de o Governo Regional ter recusado uma proposta para o adquirir.
Estava avaliado em 500 mil euros, sendo que cerca de 30% foi vendido no leilão que se realizou no Funchal, no passado fim de semana, e que foi um dos mais concorridos dos últimos anos.
"Não sabemos qual o número de peças que está disponível para aquisição, mas vamos desencadear o processo, tentando adquirir aquelas que tenham interesse museológico para o Funchal", disse Paulo Cafôfo, explicando que o próximo passo será realizar uma peritagem e avaliação do espólio.
O autarca recusou, no entanto, informar qual verba que a câmara municipal dispõe para a investir na operação.
"Não podemos falar de valores enquanto não tivermos conhecimento das peças que ainda estão disponíveis, da peritagem e da avaliação que forem feitas", declarou.