"A nossa opção foi tomada: renegociar o acordo. As negociações com o colecionador já começaram e estão a correr muito bem, porque ele [José Berardo], tal como nós, está muito interessado em manter a coleção em Portugal", disse o ministro na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.
O Museu Coleção Berardo, instalado no Centro Cultural de Belém (CCB) desde 2007, celebrou nove anos de existência em junho passado, com mais de seis milhões de visitantes, segundo dados daquela entidade.
"Queria dar esta nota de tranquilidade", sobre as negociações, comentou o ministro, em tom confiante, sobre o futuro destino da coleção, cujo acordo de comodato (empréstimo), entre o Estado e o colecionador Berardo, termina este ano.
O museu abriu com um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte de José Berardo, cedidas ao Estado, e avaliadas em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie's, em 2006.
Criado na sequência do acordo, o museu de arte moderna e contemporânea teve como primeiro diretor artístico o francês Jean-François Chougnet, e passou a ser dirigido, em abril de 2011, pelo curador e historiador de arte português Pedro Lapa.
Até hoje, segundo dados do museu, foram ali inauguradas 81 exposições desde a abertura, sendo a mais visitada a "Coleção Berardo (1960-2010)", com um total 966.078 visitantes.
O Museu Berardo é também organizador do Prémio Novo Banco Photo, no valor de 40 mil euros, patrocinados pelo banco, e destinado às artes visuais, que este ano realizou a 11ª edição.