"Pretendemos alertar o público para o perigo das decisões importantes que tomamos na nossa vida e que estão nas mãos de outras pessoas", disse Francisco Peres, de 33 anos, o produtor da curta-metragem "Spiders" (Aranhas).
O filme, em inglês, com a duração de 10 minutos, tem a realização de Hugo Alves, emigrante em Londres (Inglaterra) e retrata a visão dos recém-chegados a uma cidade cosmopolita como Montreal.
"Queremos mostrar a nossa visão de nós como portugueses para uma cidade que nos é nova. Também há realizadores que fizeram filmes sobre Portugal, dando a sua opinião. Quisemos demonstrar a nossa visão", salientou o emigrante natural de Oeiras.
No Canadá desde 2011, Francisco Peres referiu que a curta-metragem "não deixa de ser um olhar bem português sobre aquele tipo de pessoas que constroem a sua teia e esperam que as pessoas mais frágeis (moscas) caiam na teia".
O filme foi adaptado visto o festival de fantasia ser "muito amigável e inclusivo", tendo sido utilizadas metáforas entre a "aranha e a mosca", através também de analogias para exprimir o ponto de vista da cidade com imagens, sons e da expressão visual.
"Em Portugal verifica-se uma comunidade mais junta e no Canadá e em Montreal, particularmente, a comunidade canadiana é multicultural. O filme retrata essa vertente, em que se pode sentir e não tanto para ser percebido", realçou.
A curta-metragem "Spiders" está selecionada na categoria nacional do 20.º Festival Internacional de Fantasia de Montreal, foi produzida por Francisco Peres e realizada por Hugo Alves e será apresentada na sexta-feira, no DB Clarke Theatre da Universidade Concordia.