Fundação Calouste Gulbenkian adere à plataforma Future Architecture
A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, aderiu à Future Architecture Platform, uma estrutura europeia de museus, festivais e produtores que promove a criatividade para aproximar as cidades e a arquitetura do público, foi hoje anunciado.
© Wikimedia Commons
Cultura Lisboa
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Trienal de Arquitetura de Lisboa, José Mateus, indicou que a Gulbenkian é a segunda parceira portuguesa a entrar nesta plataforma pan-europeia, depois de a própria entidade que dirige ter aderido, quando do lançamento, em 2015.
"Esta iniciativa reúne parceiros num trabalho conjunto de programação e de captação de meios financeiros da União Europeia para a área da cultura, e tem também o objetivo de apoiar os jovens talentos emergentes na arquitetura mundial", indicou o arquiteto.
A plataforma é coordenada pelo Museum of Architecture and Design, em Ljubljana, na Eslovénia, e conta ainda com membros como a Oris House of Architecture, em Zagreb, na Croácia, o Museum of Architecture em Wroclaw, na Polónia, o National Museum of XXI Century Arts, em Roma, Itália, e o Copenhagen Architecture Festival, na Dinamarca, entre outros, num total de 18 entidades.
Hoje, Matevz Celik, diretor do Museu de Arquitetura e Design, na Eslóvenia, vai estar na Gulbenkian para apresentar o balanço da primeira edição da plataforma, e lançar o 'open call' para o programa de ideias de 2017, que envolve conferências, exposições e 'workshops' nos vários países aderentes.
"O facto de a Trienal estar presente permite que arquitetos portugueses se candidatem. No primeiro 'open call' sugiram sete candidaturas portuguesas, e duas foram apuradas e já participaram em iniciativas dos parceiros da Future Arquitecture Platform", apontou o presidente da Trienal.
Cada parceiro acolhe arquitetos de outro país, "porque a ideia é circular a nível europeu", e os arquitetos acolhidos pela quarta edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa foram incluídos num projeto satélite que está patente na Casa-Museu Roque Gameiro, na Amadora, na exposição "Os Limites da Paisagem".
Sobre a entrada da Fundação Gulbenkian na plataforma, José Mateus sublinhou que, além do crescimento da estrutura, que passa de 14 para 18 parceiros, "é importante porque se trata de uma entidade muito relevante", também parceira da Trienal este ano, com a apresentação da exposição "Obra".
Entrando na Future Architecture Platform, a Fundação Gulbenkian passa a participar na configuração de uma programação geral de todos os parceiros, e a integrar criadores na sua programação ligados ao projeto, podendo candidatar-se a apoios financeiros europeus na área da cultura.
"A área da arquitetura é o coração deste projeto, mas cruza-se com outras áreas, como as artes, numa visão contemporânea, que é sempre pluridisciplinar. Mas o foco são sempre os jovens arquitetos", acrescentou José Mateus.
"Na próxima edição da plataforma esperamos que surjam muito mais candidaturas de arquitetos portugueses, porque nos interessa projetar a arquitetura portuguesa lá fora", salientou, nas declarações à Lusa.
A 4.ª Trienal de Arquitetura de Lisboa foi inaugurada a 06 de outubro e vai decorrer até 11 de dezembro, com o objetivo principal de estimular e aprofundar o debate em torno da prática da arquitetura e como o mundo se transforma a partir dela.
Exposições, conferências e conversas estão incluídas neste evento que tem como tema este ano "A Forma da Forma", e curadores gerais os arquitetos André Tavares e Diogo Seixas Lopes, falecido em fevereiro, com 44 anos.
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