Suspeitas de corrupção levam PJ à Federação Portuguesa de Futebol

Diretor Nacional da PJ disse que buscas estão relacionadas com a "venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol". Há já dois arguidos.

Notícia

© Lusa

Notícias ao Minuto com Lusa
25/03/2025 16:18 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

País

PJ

A Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas, esta segunda-feira, na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) por suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada. A notícia foi avançada pela SIC Notícias e confirmada pelo diretor nacional da PJ, Luís Neves.

 

"Isto tem que ver com a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol. Envolve suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem e fraude fiscal", confirmou Luís Neves, em declarações aos jornalistas.

"Cumprimos hoje cerca de 20 buscas", adiantou.

Segundo o diretor da PJ, "o inquérito está sediado no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa" e "está a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ".

De acordo com o despacho, a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público deu autorização para a apreensão de computadores, telemóveis e outros suportes informáticos relevantes.

Já em comunicado, a PJ esclareceu que em causa está a Operação Mais Valia, que deu cumprimento a 20 mandados de busca e apreensão em domicílios, instituição bancária, estabelecimentos e sociedades de advogados, nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.

"No decurso da investigação foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda da antiga sede pertencente à Federação Portuguesa de Futebol, na Rua Alexandre Herculano, nº58, Lisboa. O imóvel foi vendido por onze milhões duzentos e cinquenta mil euros", indica a autoridade. 

Na investigação, tal como já tinha sido adiantado, "estão em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de recebimento indevido de vantagem, de corrupção, de participação económica em negócio e de fraude fiscal qualificada".

As diligências foram executadas por 65 Inspetores e 15 Especialistas de Polícia Científica da PJ, contando ainda com a participação de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.

"A investigação prosseguirá com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias, visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão", rematou a PJ.

A FPF é agora liderada por Pedro Proença, que em fevereiro deste ano sucedeu a Fernando Gomes, presidente nos últimos 13 anos.

À Lusa, fonte da PJ precisou que as buscas resultaram, até ao momento, na constituição de dois arguidos - António Gameiro, antigo deputado do PS, e o antigo secretário-geral da FPF Paulo Lourenço. Por sua vez, Luís Neves esclareceu que Fernando Gomes e Tiago Craveiro, ex-CEO da FPF, não são visados. 

O Ministério Público também confirmou as buscas "em vários locais do país, designadamente em instalações da Federação Portuguesa de Futebol" e que no "inquérito investigam-se factos relacionados com a alienação da antiga sede da FPF". 

[Notícia atualizada às 23h31]

Leia Também: "Submarino é o primeiro apreendido em pleno oceano". Divulgadas imagens

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas