O vice-presidente do Benfica, Varandas Fernandes, reagiu esta quinta-feira à notícia da divulgação por parte da revista Sábado do nome hacker que terá acedido à correspondência dos encarnados. Na sala de imprensa do Estádio da Luz, o dirigente das águias apelou à justiça, pediu a verdade e deixou uma questão: Quanto terá o pirata informático recebido para o fazer?
"Hoje terei de abordar um tema de enorme gravidade. A acreditar no que foi publicado pela revista Sábado, ficámos a saber a identidade do suposto hacker que roubou os emails ao Benfica. Da notícia diversos factos merecem a maior das nossas preocupações. Não queremos acreditar que a revista tenha contacto com o administrador do blogue 'Mercado de Benfica' e que a justiça não o consiga. Não acreditamos que a Polícia Judiciária tenha visto anuladas diligências para apanhar este hacker. Foi o diretor de comunicação do FC Porto quem exibiu o produto desse roubo. Essa informação foi partilhada por blogues afetos ao Sporting, provavelmente com conivência da anterior direção do clube", começou por dizer.
"Alguém acredita que o hacker ia oferecer essa informação a troco de nada? Ninguém acredita nisso. Neste processo já se sabe que o diretor de comunicação do FC Porto está constituído arguido. Que das decisões já concluídas, o Tribunal Administrativo do Porto e a Entidade Reguladora da Comunicação Social dão razão ao Benfica e condenam a divulgação de correspondência privada por parte do FC Porto. Acreditamos que a justiça conseguirá provar a forma e as contrapartidas financeiras do modo como o FC Porto obteve a informação roubada ao Benfica. Registamos a forma atabalhoada como vieram dizer que não tinham pago nada. Acreditamos que a justiça saberá desmontar o circuito que levou à divulgação em blogues afetos ao Sporting e ao FC Porto. Acreditamos que não haverá branqueamento de responsabilidades", acrescentou ainda o vice-presidente das águias.
Pedindo "igual respeito, consideração e fair play", Varandas Fernandes sublinhou que o Benfica "não teme qualquer investição e qualquer processo" e que apenas quer "saber a verdade", confiando "no rigor dos tribunais" e "na justiça". "Estamos muito preocupados com esta situação. Não estávamos preparados para enfrentar o crime organizado. Não temos essa experiência, essa tarimba, mas infelizmente aconteceu e hoje em dia, pelos vistos, parece ser normal situações parecidas", atirou.