Foram menos de 72 horas na liderança do campeonato. O FC Porto foi ao estádio dos Barreiros empatar frente ao Marítimo a um golo - Bambock marcou aos 11 minutos, Pepe fez o empate aos 84' - e permitiu que o Benfica ascendesse ao topo da classificação.
Um jogo dominador por parte dos dragões, que até contou com a percentagem de posse de bola mais alta do campeonato (77,5%), mas muito pouco criativo, incisivo e objetivo.
Contam-se pelos dedos de uma mão as oportunidades criadas pelo FC Porto durante 90 minutos. No final do encontro, Sérgio Conceição admitiu que há trabalho pela frente, mas que ninguém pode acusar os seus jogadores de falta de vontade e de empenho. Ainda assim, só o esforço não ganha campeonatos e pede-se mais a este FC Porto.
Figura do jogo: Apareceu como surpresa no onze e acabou por ser a surpresa no jogo. Bambock marcou o golo que valeu o empate ao Marítimo e esteve exímio nas suas tarefas. O médio ajudou ao equilíbrio da formação insular, ganhou vários duelos e apareceu sempre bem na dobra aos colegas.
Surpresa: Neste caso surpreendeu por ficar… no banco. Alex Telles voltou a não ser titular, mas voltou a notar-se a falta que o brasileiro faz no corredor esquerdo. Entrou aos 80 minutos e ajudou a dar profundidade ao ataque portista. Só não assistiu porque Danilo não conseguiu dar o melhor seguimento a um cruzamento teleguiado do lateral. Poderia ter feito bem mais estragos caso tivesse jogado mais do que 10 minutos.
Desilusão: Soares não esteve ao nível desejado. É certo que o FC Porto não teve oportunidades atrás de oportunidades, mas o brasileiro teve uma bola para dar os três pontos aos azuis e brancos e conseguiu emendar da melhor forma. Nunca conseguiu ligar-se ao jogo e foi presa fácil durante os 90 minutos para os defesas do Marítimo.
Sérgio Conceição: Repetiu a fórmula que utilizou contra o Famalicão, mas o resultado não foi o desejado. A equipa mostrou sempre vontade, é certo, mas isso não chega. Durante quase todo o jogo, o Marítimo conseguiu anular o jogo ofensivo dos dragões que no geral foi muito fraco. O processo criativo foi deficiente.
Nuno Manta Santos: Estilos à parte, o técnico do Marítimo talhou a sua equipa para jogar num bloco baixo, compacto e organização não faltou. Os insulares conseguiram quase sempre cortar os caminhos para a sua baliza e isso foi mérito da estratégia delineada por Manta Santos.