O Anderlecht, equipa mais laureada da história da Bélgica, informou hoje que pôs em marcha o "desemprego técnico" para boa parte dos seus empregados, devido a um impacto económico "sem precedentes".
As medidas temporárias de regulação foram anunciadas pelo governo belga nos últimos dias, devido a restrições económicas de força maior, devido à crise sanitária que se vive em todo o mundo devido ao novo coronavírus.
O clube adiantou que tanto jogadores, como treinadores, "aceitaram o esforço proporcional, e considerável" para se reduzirem custos nas próximas semanas, num acordo que se concretizará nos próximos dias.
Além desta redução de salários, o clube de Bruxelas anunciou no sábado o despedimento do treinador-adjunto Pär Zetteberg, por "razões financeiras".
Também o Standard Liège, do português Orlando Sá, avançou no fim de semana, com a medida de "desemprego técnico" para um grupo de treinadores do clube.
Outros clubes, da primeira e segundas divisões belgas, como o Zulte Waregem ou o Excelsior, estão a aplicar a "regulação temporal" de emprego a jogadores e treinadores.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas. O país está em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.