O Liverpool anunciou hoje ter recuado na intenção de colocar os trabalhadores fora do âmbito competitivo do clube em 'lay-off', face à paragem das competições de futebol devido à pandemia de covid-19, e pediu desculpa aos adeptos.
Numa carta assinada pelo diretor executivo e dirigida aos adeptos, os 'reds' informaram que vão "encontrar meios alternativos", apesar de serem "elegíveis" para recorrer ao 'lay-off', no qual o governo britânico paga 80% dos salários até um teto máximo de 2.500 libras (cerca de 2.840 euros) por mês, enquanto o clube complementaria com os restantes 20%.
"Fomos precipitados a anunciar que iríamos recorrer às medidas implementadas pelo governo para fazer face a esta pandemia e colocar os trabalhadores em 'lay-off' enquanto a 'Premier League' estiver suspensa, e, por isso, pedimos desculpa", escreveu Peter Moore.
No sábado, o clube campeão europeu tinha revelado que iria aderir àquele modelo empresarial, embora sem referir quais as medidas que seriam tomadas em relação à massa salarial dos futebolistas, situação que mereceu críticas de alguns antigos jogadores do Liverpool, como foram os casos de Jamie Carragher e Stan Collymore.
Ainda assim, o diretor executivo dos 'reds', que lideravam a 'Premier League', de forma confortável, aquando da paragem da prova devido ao novo coronavírus, lembrou que, "apesar de o clube ter uma situação financeira saudável antes desta crise, entretanto as receitas pararam, mas as despesas mantêm-se".
O Tottenham, de José Mourinho, o Newcastle, o Norwich e o Bournemouth anunciaram nos últimos dias que colocaram em 'lay-off' os seus funcionários, excetuando os futebolistas.
Na sexta-feira passada, a Liga inglesa revelou que ficou acordado entre os clubes uma consulta aos jogadores, no sentido de cortar 30% do salário anual, além de ter adiado o recomeço da competição para uma altura em que seja "seguro e apropriado" fazê-lo, devido à pandemia da covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 70 mil morreram. Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 680 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos.