A Liga Portugal revelou, esta terça-feira as medidas propostas, em conjunto com o Sindicato de Jogadores, devido à situação dos contratos e dos salários dos jogadores durante a pandemia do novo coronavírus.
Em nota oficial, a Liga diz prever uma perda de receitas na ordem dos 310 milhões de euros nesta época, o que significa uma redução de 60% face ao período homólogo. De acordo com a informação disponibilizada no comunicado, na época 2018/19 as receitas ascenderam aos 512 milhões de euros.
A Liga informa ainda que apresentou um conjunto de medidas entre as quais o Sindicato dos Jogadores (SJ) aceitou as seguintes: prolongamento dos contratos, dos empréstimos e das cedências até ao último jogo da presente época; os clubes podem definir parte das férias dos jogadores e "nenhuma destas medidas constitui justa causa de rescisão do contrato de trabalho desportivo".
Por outro lado, o SJ não aceitou que clubes e jogadores celebrem acordos de redução do salário, nem que seja a Liga e o Sindicato a determinar essa redução na falta de acordo entre os jogadores e os clubes.
Quer isto dizer que os clubes podem recorrer às "medidas especiais propostas pelo Governo, em concreto o lay-off ou outras medidas análogas previstas na Lei, bem como a liberdade para negociar livremente com os seus atletas".
Este é, assim, o resultado de várias reuniões de acompanhamento, que começaram a 21 de março, que visam "antecipar os efeitos" da pandemia da Covid-19. A Liga que seja possível "passar a instrumento escrito as medidas já acordadas de aditamento" ao Contrato Coletivo de Trabalho, sem, porém, adiantar datas.
