Rui Costa reforçou, esta sexta-feira, em declarações prestadas à BTV, o desejo de voltar a guiar o Benfica ao título de campeão nacional, apesar de, devido à pandemia do novo coronavírus, o clube se vá ver obrigado a jogar sem adeptos nas bancadas.
O administrador da SAD encarnada assume que, "felizmente", nunca se viu obrigado a "jogar à porta fechada", mas avisou que adeptos, jogadores e dirigentes terão de estar "preparados" para aquilo que é a nova "realidade" da modalidade.
"É uma das coisas que estamos a ver, tendo em conta que os jogadores estão habituados a jogar semanalmente para milhares de pessoas. Entrar num estádio vazio é muito pobre, não faz parte da essência do jogo de futebol", lamentou.
"Temos de estar prontos e preparados para aceitar que o futebol hoje seja jogado desta forma. Mas muito superior ao estádio estar cheio ou não, é objetivo anual de ser campeão. É nisso que nos vamos focar, independentemente das bancadas estarem vazias", completou.
Na mesma conversa, Rui Costa recordou a caminhada rumo ao tetracampeonato, lamentando que a série não tenha sido mais "ampla" e chegado ao inédito 'penta': "Queríamos chegar bem mais longe. Chegámos a algo na história do Benfica que foi único. Se analisarmos a abertura do ciclo, depois de conquistarmos o bi, que era o meu primeiro, chegámos ao tri, algo que o Benfica há mais de 30 anos não conseguia obter, e ao tetra, que era a primeira vez na história do clube".
"Tiveram um significado muito grande pelo projeto muito bem construído. O presidente colocou todas as condições à disposição do futebol para se poder chegar onde nós chegámos. Se tiver de nomear um, direi o tricampeonato porque foi o mais difícil de conquistar e onde houve mais polémica durante todo o ano. Foi extremamente desgastante para os jogadores e estrutura", concluiu.