Hugo Gatti, histórico guarda-redes de Boa Juniors e River Plate, quebrou, esta sexta-feira, o silêncio após ter recebido alta hospitalar por ter sido declarado como recuperado de uma infeção pelo novo coronavírus, em entrevista concedida à estação televisiva espanhola Mega.
O ex-internacional argentino, agora com 75 anos, disse ter estado "às portas da morte", e confessou que chegou mesmo a recusar ser tratado à Covid-19: "Davam-me os comprimidos e eu mandava-os fora. As enfermeiras apercebiam-se".
"Dei-me conta daquilo que estava a passar quando me disseram. No hospital, diziam-me todos os dias de manhã que ia morrer. Disseram-me que estive perto de morrer", confessou o antigo jogador, apelidado de 'El Loco'.
"A minha mulher foi todos os dias ao hospital para me ver. Ela disse-me que me via muito mal (...). Ela beijava-me e eu dizia-lhe que estava louca. Fazia-o através da máscara", acrescentou.
Hugo Gatti revelou, ainda, aquilo que acredita ter sido o 'segredo' para vencer a doença: "O paciente que estava internado ao meu lado viu-me a comer tangerinas e ficou viciado. Acredito que nos curámos a comer tangerinas".