A União Ciclista Internacional (UCI) tinha proposto na sexta-feira que a exclusão só seria determinada se dois dos oito corredores tivessem testes positivos ao novo coronavírus.
"Ficámos por dois casos em 30 pessoas da mesma equipa durante um período de sete dias", disse Prudhomme, acrescentando que a decisão "foi tomada pela unidade de crise interministerial".
Prudhomme já tinha dito na sexta-feira que a proposta da UCI se referia às três grandes voltas - Espanha, Itália e França -, alertando que "são as leis nacionais que prevalecem" e que a decisão teria de ser validada pelas autoridades francesas, o que não aconteceu.
Esta decisão retoma a fórmula inicialmente prevista e aperta ainda mais a malha sobre a 107.ª edição do Tour, que começa hoje em Nice, depois de ter sido adiada devido à pandemia de covid-19.
A prova vai decorrer sob vigilância apertada, sem público no início, com proibição de estacionamento para espectadores nas passagens de montanha e utilização obrigatória de máscara para quem for para a estrada ver passar o pelotão.
Os 176 corredores das 22 equipas também terão de usar máscara nos locais de partida e chegada das etapas, onde não é permitido qualquer contacto entre público e ciclistas.
A decisão foi tomada numa altura em que há um crescimento do número de infeções com SARS-CoV-2 em França, cujas autoridades anunciaram na sexta-feira cerca de 7.000 novos casos em 24 horas, aumentando o total para mais de 267 mil desde o início da pandemia.
Até ao momento, há dois casos de covid-19 no Tour, ambos no seio da equipa belga Lotto Soudal, mas não são ciclistas. Ambos foram enviados para casa, assim como outros dois elementos que partilhavam quarto com eles.
A 107.ª Volta a França em bicicleta arranca hoje, em Nice, e termina em 20 de setembro, em Paris.