Rui Gomes da Silva, antigo vice-presidente do Benfica e de Luís Filipe Vieira, em entrevista ao jornal Record, aborda, entre vários outros temas, o regresso de Jorge Jesus às águias.
Agora em processo eleitoral, mas ainda dirigente no clube da Luz aquando da decisão de saída de Jorge Jesus, o candidato assume que estranha hoje ver ao lado do técnico pessoas que o criticaram.
Lembrando o investimento que está a ser feito, Gomes da Silva defende que Rui Vitória e Bruno Lage aceitaram ser 'adjuntos' de Vieira, algo a que Jorge Jesus não estará disposto.
"Estive presente nas reuniões em que se discutiu o fim do contrato de Jorge Jesus, tal como no julgamento, como representante do Benfica. Por isso, ouvi tudo o que se disse sobre ele... Hoje, algumas pessoas envolvidas aparecem nas fotografias. Se Jorge Jesus seria o meu treinador? Não. Se é o treinador do Benfica? É. Por isso, terei de trabalhar com ele e farei tudo para que assim aconteça. Presumo que Jesus, sendo profissional, não terá estados de alma para trabalhar com pessoas que em determinado momento disseram o que disseram dele. Caso contrário, isso teria acontecido com o atual presidente do Benfica", começou por referir sobre o tema.
"Com o dinheiro que se vai gastar em Jesus, eu teria ido buscar alguém que tivesse conquistado a Liga dos Campeões e com provas dadas nos cinco principais campeonatos. Não falo de José Mourinho, mas de outros treinadores que não disseram tão mal do Benfica como Jorge Jesus disse. Com tudo o que tem acontecido desde o seu regresso e partindo do pressuposto que ainda falta chegar 4 ou 5 jogadores, pergunto: haverá alguma sintonia que não a salvação do atual presidente ", continuou o candidato.
"Jesus tem a capacidade e o peso que não tem Rui Vitória. Quando Rui Vitória entrou, e possivelmente quando Bruno Lage entrou, dizia-se que eram os únicos treinadores que aceitavam ser adjuntos de Luís Filipe Vieira. Nesse aspeto, Jesus impõe-se e não aceita ser adjunto do presidente", sentenciou sobre este tema.