Carlos Carvalhal aproveitou, esta quarta-feira, a conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Zorya, para a sexta jornada da fase de grupos da Liga Europa, para abordar o caso de racismo que culminou na suspensão do PSG-Basaksehir.
O treinador do Sporting de Braga recordou que já foi treinador do treinador-adjunto do emblema turco, a quem o quarto árbitro da partida terá chamado "negro", e lamentou o sucedido no Parque dos Príncipes.
"Conheço bem Pierre Webo, que foi meu jogador, e também o treinador do Basaksehir. Ainda não falámos sobre o que aconteceu, mas é de condenar todos os atos de racismo", começou por dizer o técnico arsenalista.
Carlos Carvalhal saiu, ainda, em defesa de Jorge Jesus, que, horas antes, abordou o caso dizendo que, "hoje, qualquer coisa que se possa dizer contra um negro é sempre sinal de racismo", o que lhe valeu algumas críticas.
"Houve um colega meu que terá sido infeliz nas declarações e foi mal interpretado. Por exemplo, se calhar, não posso responder a uma pessoa que não tem uma perna porque posso ser mal interpretado e vem uma associação de deficientes protestar. Este é um problema profundo da sociedade e devemos erradicar todos os comportamentos de racismo", afirmou.
"Também usou com alguma infelicidade um argumento que o utilizaria como se fosse de raça branca, negra, género masculino, feminina, na minha opinião foi muito mal interpretado. Já utilizaria essa expressão no passado e na minha opinião foi mal interpretado. Subiu logo à tona o feminismo e a defesa das mulheres", completou.