Na gala dos Globe Soccer Awards, no Dubai, Cristiano Ronaldo é um dos destaques por estar nomeado em várias categorias. O português é o 'cabeça de lista' da comitiva lusa, uma vez que irá disputar, não só o título de melhor jogador do ano, como também o de melhor jogador do século, onde é visto como um dos principais favoritos à vitória.
Antes da entrega dos prémios, Ronaldo falou sobre a sua carreira e sobre a dificuldade que é manter-se no topo.
"É um prazer bater recordes, conquistar títulos... E continuo. Não é fácil estar no topo durante tantos anos. Os números e os títulos falam por si mesmos. Estou muito orgulhoso. Sem uma grande equipa e um treinador fantástico, é impossível conquistar isso", começou por dizer, comentando também o atual momento do futebol que também se encontra afetado pela pandemia.
"Tenho que ser sincero. Jogar num estádio vazio é aborrecido. Nós, como jogadores, respeitamos todos os protocolos, mas não gosto. Faço-o porque adoro o futebol, porque jogo pela minha família, amigos e adeptos, mas não gosto. Gosto quando as pessoas apupam o Cristiano, mas isso já não acontece. Mudou e, agora, quando vou a outros países, são os jogadores adversários que apupam. Motivo-me com isso. Espero que, em 2021, essas regras mudem e os estádios possam estar repletos de adeptos, porque o futebol, sem os adeptos, não é nada", acrescentou.
Cristiano Ronaldo falou ainda do impacto que tem sobre os adeptos mais novos.
"Quando olhas para as crianças e vês que querem ser como eu, cortam o cabelo como eu, fazem as fintas que faço... Vejo o meu filho. Tem dez anos e diz que quer ser como eu. Eu digo-lhe tem que um grande caminho para lá chegar e ser como o pai, mas é um prazer. O futuro são as crianças. Tenho quatro e desejo-lhes o melhor. Quando vejo as crianças vir ter comigo e dizer 'Siii!', deixa-me feliz, porque reconhecem o meu esforço e dedicação. Fico orgulhoso com isso, dá-me motivação para continuar a jogar futebol", realçou o português.