Zlatan Ibrahimovic garante estar mais forte do que nunca, mas não esquece os momentos que passou em isolamento por força de estar infetado pelo novo coronavírus. Em entrevista ao Corriere dello Sport, o avançado do AC Milan admite que desvalorizou a doença ao início e revela os sintomas e as consequências que sofreu na pele.
"Quando aconteceu estava bastante tranquilo. Estava quase intrigado: 'vamos ver o que é este Covid. Está a afetar o mundo inteiro, é uma grande tragédia e agora chegou a mim'. Estava em casa e esperei para ver o que acontecia. Tive dor de cabeça, não muito forte, mas algo persistente. Também perdi o paladar. Estive o tempo todo em casa, chateado, mas não podia sair e não podia treinar como queria. Estar parado é terrível", começou por confessar Zlatan, prosseguindo.
"A dada altura estava a falar para a casa e a dar nomes às paredes. Converte-se num problema mental. Olhas para ti mesmo e vês todos os males contra ti, mesmo aqueles que tu não tens. É um sofrimento por aquilo que sentes e por aquilo que pensas que sentes", explicou o avançado sueco.
AC Milan não é o mesmo
Apesar de ser conhecido por ser algo egocêntrico, Zlatan Ibrahimovic recusa assumir total mérito pela boa temporada protagonizada pelo AC Milan e que vai valendo a liderança da Serie A.
"Hoje sinto-me um líder. Eu conduzo e a equipa segue-me. Há dez anos o Milan era outro. Sempre fomos uma equipa muito jovem. Trabalhamos, sacrificamo-nos e aqui estão os resultados. O mérito não é só meu", atirou o goleador sueco.